sábado, 22 de julho de 2017

O Maior Tesouro


Muitas pessoas não tem o costume de ler a Bíblia, outros tem preguiça mesmo, e tem os que preferem ler outras coisas e até mesmo com muitas páginas a mais, isto só porque não sabem o que estão perdendo, mas, depois que experimentam um pouquinho, lamentam o tempo que foi perdido, por isso, não perca mais tempo em sua vida, comece a ler a Bíblia agora mesmo.

10 razões para que você leia a bíblia, porém existem muito mais a encontrar dentro deste tesouro.



1 – Para ter alegria.

Sem a Palavra de Deus, é impossível viver livre da ansiedade e inquietação:
“Vós me ensinareis o caminho da vida, há abundância de alegria junto de vós, e delícias eternas à vossa direita.” (Salmo 15,11).
“Neemias disse-lhes: Ide para as vossas casas, fazei um bom jantar, tomai bebidas doces, e reparti com aqueles que nada têm pronto; porque este dia é um dia de festa consagrado ao nosso Senhor; não haja tristeza, porque a alegria do Senhor será a vossa força. (Neemias 8,10)

2 – Para ter paz.

O Senhor lhe concederá a paz que o mundo não lhe pode dar. Primeiro, porém, você precisa encontra-la na Palavra de Deus:
Grande paz têm aqueles que amam vossa lei: não há para eles nada que os perturbe. (Salmo 118,165).

 3 – Para receber cura e libertação.

Você precisa estudar a Palavra de Deus para descobrir em que áreas necessita de libertação
“Enviou a sua palavra para os curar, para os arrancar da morte.” (Salmo 106,20)
E Jesus dizia aos judeus que nele creram: Se permanecerdes na minha palavra, sereis meus verdadeiros discípulos; conhecereis a verdade e a verdade vos livrará. (João 8,31-32). 

 4 – Para ter sabedoria.

O conhecimento da Palavra de Deus é o ponto de partida para você desenvolver sabedoria
“A lei do Senhor é perfeita, reconforta a alma; a ordem do Senhor é segura, instrui o simples.” (Salmo 18,8)
“Porque meu povo se perde por falta de conhecimento; por teres rejeitado a instrução, excluir-te-ei de meu sacerdócio; já que esqueceste a lei de teu Deus, também eu me esquecerei dos teus filhos.” (Oséias 4,6)

 5 – Para saber aonde você está indo.

Você não tem como prever o futuro nem como saber exatamente para onde está rumando, mas a Palavra de Deus a guiará
“Vossa palavra é um facho que ilumina meus passos, uma luz em meu caminho.” (Salmo 118,105). 
“Eis o que diz o Senhor, teu Redentor, o Santo de Israel: eu sou o Senhor teu Deus, que te dá lições salutares, que te conduz pelo caminho que deves seguir.” (Isaías 58,17)

 6 – Para ter sucesso.

Quando você vive de acordo com os ensinamentos da Bíblia, seus caminhos prosperaram e você é bem-sucedido
“Traze sempre na boca (as palavras) deste livro da lei; medita-o dia e noite, cuidando de fazer tudo o que nele está escrito; assim prosperarás em teus caminhos e serás bem-sucedido.” (Josué 1,8).
“Já sei que o Senhor reservou a vitória para seu ungido, e o ouviu do alto de seu santuário pelo poder de seu braço vencedor.” (Salmo 19,7).

 7 – Para viver em pureza.

A fim de desfrutar mais da presença de Deus, você precisa viver em santidade e pureza. Para isso, precisa ser purificado por meio da Palavra de Deus
“Como um jovem manterá pura a sua vida? Sendo fiel às vossas palavras.” (Salmo 118,9).
“Lavai-me totalmente de minha falta, e purificai-me de meu pecado. …  Aspergi-me com um ramo de hissope e ficarei puro. Lavai-me e me tornarei mais branco do que a neve. (Salmo 50, 4-9)

 8 – Para obedecer a Deus.

Se você não entender as leis de Deus, não terá como obedecer-Lhe
“Mostrai-me, Senhor, o caminho de vossas leis, para que eu nele permaneça com fidelidade. Ensinai-me a observar a vossa lei e a guardá-la de todo o coração. Conduzi-me pelas sendas de vossas leis, porque nelas estão minhas delícias. Inclinai-me o coração às vossas ordens e não para a avareza. (Salmo 118,33-35).

 9 – Para crescer na fé.

Não é possível crescer na fé sem ler e ouvir a Palavra de Deus
“Logo, a fé provém da pregação e a pregação se exerce em razão da palavra de Cristo.” (Romanos 10,17).
Antes crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo. (II Pedro 3,18)


 10 – Para discernir entre o bem e o mal.

Nos tempos de relativismo em que vivemos, precisamos ainda mais da Palavra de Deus para fazer distinção entre o certo e o errado.
“O homem espiritual, ao contrário, julga todas as coisas e não é julgado por ninguém.” (II Coríntios 2,15)

Ora, quem se alimenta de leite não é capaz de compreender uma doutrina profunda, porque é ainda criança. Mas o alimento sólido é para os adultos, para aqueles que a experiência já exercitou na distinção do bem e do mal. (Hebreus 5,13-14)


E temos ainda outras milhares de razões…

sexta-feira, 21 de julho de 2017

Nossa História nas Estrelas


Existe uma história escrita nas estrelas. As estrelas contam histórias... Olhar para o céu é ver o passado. Olhe a noite, veja o céu em sua devasta escuridão, mas olhe além, olhe as estrelas que lhe mostrarão o passado, presente e futuro. As estrelas contam histórias de vidas, mortes, mistérios, amores, coisas terríveis; as estrelas tudo veem, nada se escondem delas...nem mesmo os segredos mais bem guardados; tudo o que elas veem elas sabem. Você nunca estará só se olhar para o céu e ver as estrelas! 

Olhar para o espaço é uma viagem no tempo, na história. É olhar para o passado. No Universo, não existe o presente, o agora, o instante atual. Tudo que vemos é passado. Quando olhamos para as estrelas, estamos vendo o passado delas. Se a estrela estiver bem longe, bem longe mesmo, ela pode até nem mais existir da forma como a conhecemos hoje - e inclusive ter se transformado em outro corpo celeste. Devido ao tempo que a luz leva para viajar no espaço, quanto maior a distância a que olhamos, mais remoto o passado que vemos. O presente, infelizmente, só será visível no futuro. 

As estrelas, são representações de algo que já não corresponde ao presente. Podemos vê-las, mas pertencem a outro tempo e outro espaço, a exemplo do que são as próprias fotografias, que nos contam histórias de algo que já não está mais ali. Grande parte dos pontos brilhantes que vemos no céu à noite são apenas projeções de um passado muito distante, de corpos celestes ou galáxias inteiras que podem até não existir mais! Assim, todas as informações que nos chegam são de coisas que já aconteceram há bastante tempo. 

Estudamos o universo através da luz de estrelas e galáxias distantes. Quando observamos uma estrela, estamos captando a luz que ela emitiu para o espaço. A luz não é instantânea, é por isto que estamos sempre vendo o passado quando olhamos para o céu noturno. A luz é uma forma de energia que viaja extremamente rápido pelos padrões terrestres com a incrível velocidade de 300000 km/s., entretanto, mesmo a luz leva um tempo considerável para viajar as vastas distâncias no espaço. Por exemplo, a luz leva 1 segundo para viajar a distância entre a Terra e a Lua, e leva 8 minutos para viajar a distância entre a Terra e o Sol. Uma velocidade com a qual é possível dar 8 voltas em torno da Terra em apenas 1 segundo. A luz das outras estrelas leva anos para chegar até nós, por isso medimos as distâncias entre as estrelas em unidades chamadas anos-luz. Um ano-luz é a distância percorrida pela luz em 1 ano, em torno de 10 trilhões de km. Note que o ano-luz é uma unidade de distância, e não de tempo. 

Mas como a distância entre os corpos celestes também é grande, pode levar um bom tempo para que a luz da estrela chegue até nós. Talvez você saiba que ao olhar para as estrelas, não está as vendo realmente, mas sim, uma representação do que elas eram no momento em que sua imagem (luz) começa a viagem, da origem até nosso campo de visão. Dependendo do quão distante a estrela está de nós, esse trajeto pode durar centenas ou milhares de anos-luz para ser concluído, o que implica que a visão que temos pode corresponder até mesmo a uma estrela que já não mais existe.

Se olhamos uma galáxia que está a 10 milhões de anos-luz de distância, nós a vemos como era há 10 milhões de anos. Se observamos um aglomerado de galáxias distante 1 bilhão de anos-luz, nós o vemos como era 1 bilhão de anos atrás. Por fim, a velocidade da luz limita a porção do universo que podemos ver. Se o universo tem 14 bilhões de anos de idade, então a luz de galáxias mais distantes do que 14 bilhões de anos-luz não teve tempo de nos alcançar. Nós podemos dizer que o universo observável se estende por um raio de 14 bilhões de anos-luz da Terra. Quando olhamos para aquelas fotos magníficas do telescópio Hubble, por exemplo, estamos vendo o universo como ele era no passado, não como ele é hoje. Quanto mais fundo o Hubble olha dentro do Cosmos, mais para trás no tempo ele vê, uma vez que a luz leva bilhões de anos para atravessar o Universo Observável. Esta característica transforma o Hubble em uma poderosa ‘máquina do tempo’ que permite aos astrônomos verem as galáxias como elas se apresentavam há 14 bilhões de anos, entre 600 e 800 milhões de anos após o Big Bang e nos permite atingir a visão do início da história do Universo.

Só podemos enxergar um determinado objeto se a luz, produzida ou refletida, sair do objeto e, atingindo nossos olhos, estimulá-los. Logo, podemos entender que a luz sempre gastará um determinado intervalo de tempo para deixar o corpo observado e chegar até o observador. Em situações cotidianas, as distâncias entre os olhos e os objetos são muito pequenas diante da velocidade de propagação da luz. Assim, o intervalo de tempo para que o estímulo dos olhos ocorra é infinitamente pequeno. As distâncias entre os corpos celestes e a Terra são tão grandes que o tempo gasto pela luz não pode ser desconsiderado. Assim, as imagens captadas por telescópios não são atuais, mas representam o estado do objeto observado levando-se em consideração o tempo de chegada da luz. Quanto mais longe observamos, mais para trás viajamos no tempo, o que permite estudar os primeiros “momentos” do universo. A imagem de um objeto a 5.000 anos-luz da Terra representa o estado desse objeto 5.000 anos atrás!

A estrela mais brilhante do céu noturno, Sirius, está a 8 anos-luz de distância, o que significa que quando enxergamos Sirius a vemos como era 8 anos atrás. 

A nebulosa de Orion, uma região de formação estelar visível a olho nu como uma pequena nebulosidade acima das Três Marias, na constelação de Orion, está a 1500 anos-luz da Terra. Portanto, nós vemos a nebulosa de Orion como ela era há 1500 anos, mais ou menos na época da queda do Império Romano. Qualquer evento que tenha acontecido, na nebulosa de Órion daquela época para cá não pode ser observado por ninguém, pois a luz desses eventos não pode ainda nos alcançar.

Que mensagem para nós se encontra dispersa pelo universo? Que palavras são gatafunhadas pelas estrelas nos quadros de ardósia da noite escura? Podemos seguir os vestígios das raízes na nossa árvore genealógica até ao início do universo, há 14 bilhões de anos. Nessa altura, claro, não havia sinais de vida, mas o potencial da vida estava no esquema do universo, tal como o esquema de uma árvore está contido na sua semente.

Nenhum de nós é insignificante. Podemos ser pequenos e ter poderes limitados, mas conseguimos compreender a nossa história nas estrelas e sabemos que o universo não está completo sem nós. 

Não se trata de uma fábula nem de uma fantasia romântica, mas de mil fatos significativos. Também sabemos que não somos apenas uma parte inseparável e necessária do universo, mas que o próprio plano do cosmos fez tudo para que acabássemos por aparecer. As teorias do Big Bang e da Evolução são reais, não contradizem o cristianismo e fazem parte dos planos divinos. O Big Bang não contradiz a intervenção criadora, mas a exige. O desenvolvimento de cada criatura não contrasta com o conceito de criação, pois a evolução pressupõe a criação de seres que evoluem. Há pessoas que leem o Gênesis e entendem que Deus agiu “como um mago, com uma varinha mágica capaz de criar todas as coisas; Deus é mágico, lembra? Ele sacode sua varinha fantástica e puff, está explicado”.

Você já teve oportunidade de olhar para o céu numa noite estrelada? Já pensou em como o brilho das estrelas faz toda a diferença no azul escuro do céu? Tentou imaginar como o céu ficaria se não houvesse estrelas? 

Com certeza, seria muito sem graça e provavelmente ninguém olharia para cima nas noites quentes de verão porque tudo já seria muito conhecido. Mas, com as estrelas a enfeitar o céu é tudo diferente! Numa noite estrelada, a claridade das estrelas sempre traz novas nuances, novos espaços para descobrir e desenhos imaginários a realizar, sensações que nos fazem sonhar acordados e agradecer a Deus por ser tão criativo e meticuloso, por pintar o céu com uma imensidão de pontinhos luminosos que enriquecem o azul escuro.

Se olharmos para o céu escuro e imaginarmos que cada estrela tem um propósito definido, uma missão única, que mais ninguém pode realizar por ela, podemos compreender completamente o que o Criador deseja: que sejam instrumentos únicos, especiais e irrepetíveis do Seu grande amor por toda a humanidade, que vive oprimida nas sombras de uma vida vazia, sem brilho, esquecidos em suas lutas diárias, solitários, vivendo de forma perversa e degradante.

Eu e você, pequenas estrelas no universo, temos um chamamento específico, temos uma tarefa que, em princípio, pode parecer insignificante diante das atrocidades do mundo sem Deus, mas que faz uma grande diferença em pessoas queridas, que são nossos companheiros no trabalho, na escola, na família e esperam, com ansiedade por um pouco de luz em suas vidas. As estrelas cantam, ainda que em vida nunca possamos ouvi-las, contemplar a magnifica beleza criada por Deus e imaginar que estas cantam jubilando sua criação é sem dúvida muito belo.

terça-feira, 18 de julho de 2017

Evangelho para "Evangélicos"




E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres. João 8:32 e 36.

A verdadeira graça procede de Jesus, por isso não se precisa afirmar a graça ao lado de Cristo, pois sem Cristo não há graça. E graça é favor imerecido, ou seja, “é Deus dando e fazendo tudo a quem nada merece.” É o “cordeiro que foi imolado desde a fundação do mundo”, que é o precipitador e mantenedor de toda graça. É por isto que não podemos falar Cristo e a graça, porque sem Cristo não há graça. Também não podemos dizer só Cristo mais a fé, porque sem Cristo não há fé. Não podemos dizer só Cristo mais as Escrituras, porque as Escrituras concorrendo com Jesus esquizofreniza a mente, por isso o que nós precisamos é só de Jesus. As Escrituras Sagradas serão realmente entendidas verdadeiramente quando lida a partir do Verbo Encarnado. Porque muitos enganadores têm saído pelo mundo fora, os quais não confessam Jesus Cristo vindo em carne; assim é o enganador e o anticristo. 2 João 1:7.

Quando esta conclusão entra em nosso coração, há uma revelação que simplifica o olhar na vida e também radicaliza até mesmo as essências de nossas decisões. Quando temos esta visão, perceberemos que não há mais barganhas a fazer e não precisaremos mais de conluios com o cristianismo. Irmãos, este “cristianismo” instituído nos ofereceu praticamente mais de 1700 anos de bruxaria desde o imperador Constantino e não parou com a reforma protestante. Por isso nós não podemos nem ficar com o lado protestante do cristianismo, que nada mais é do que uma versão grega, polida, e de um catolicismo que fez literalmente dieta. Isto fez com que trouxessem para o cristianismo vários pacotes de doutrinas e preceitos de homens. Marcos 7:7 E em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens.

Doutrinas e mandamentos de homens fazem com que o evangelho se torne aguado e com isto criam absolutos que relativizam a Verdade insofismável da Palavra de Deus. Por isso, o próprio protestantismo está sob juízo. E esse movimento que nós chamamos de evangélico, essa hidra, essa besta de muitas cabeças, tem tudo, menos o Evangelho. Hoje o que se anuncia é o anti-evangelho, aliás, é o outro “evangelho”. Paulo já havia nos advertido sobre este assunto. Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema. Gálatas 1:8.

O que se anuncia hoje dentro das igrejas é pura macumba e o “deus” que está instaurado é mamon. O altar é aquele no qual as pessoas se ajoelham com expectativa de receber diante de Deus alguma benção, se puser grana e se participar das campanhas. Todas elas são baseadas na obsolescência do Antigo Testamento. Muitas delas são baseadas em Gideão, Sansão, Jefté, Davi, Abraão, na pancadaria, na maldição etc. Porque eles sabem que no Espírito do Novo Testamento não dá para sobreviver com isso que eles chamam “igreja”. Irmãos amados, precisamos definitivamente estar e permanecer casados com o Evangelho da graça de Deus. Porque fora do Evangelho só há barganhas. Hoje a preocupação dos “crentes” é tão somente com as coisas terrenas e não as celestiais. Qual será o fim disto? A resposta, infelizmente é a perdição. Pois muitos andam entre nós, dos quais, repetidas vezes, eu vos dizia e, agora, vos digo, até chorando, que são inimigos da cruz de Cristo. O destino deles é a perdição, o deus deles é o ventre, e a glória deles está na sua infâmia, visto que só se preocupam com as coisas terrenas. Filipenses 3:18-19.

Hoje os crentes estão se apresentando diante de Deus e da sociedade com uma carteira de identidade de boa conduta, que significa um purismo interior hipócrita. Eles são puros sim, mas puros aos seus próprios olhos, mas não são puros diante do Senhor da glória. Eles nunca foram puros, mas se consideram puros. Que tragédia! Há daqueles que são puros aos próprios olhos e que jamais foram lavados da sua imundícia. Provérbios 30:12.

Não há barganhas a fazer com o cristianismo, com sua hiper valorização ideológica, política, com seu culto aos bens, ao poder, ao status. A grande maioria está anunciando de modo politicamente correto o evangelho, mas desses púlpitos de oráculos magificados pela superstição e pela paganidade da religião de infantes perdidos. O que tem se pregado hoje não é o evangelho, mas uma mistura de doutrinas estranhas que sufocam as pessoas. Não creio que seja evangelho o que se diz com nome de evangelho. Também não creio que se esteja pregando a Jesus, quando se fala o nome de Jesus. Irmãos não podemos nos deixar confundir por nenhuma dessas coisas, porque se o conteúdo não for exclusivamente do evangelho, podem banhar o “cristo” de purpurina, pois a esse “cristo” diremos: “Arreda em Nome de Jesus. O fundamento da igreja é Cristo Jesus o Senhor e não há outro. Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo. Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular; 1 Coríntios 3:11 e Efésios 2:20.

Portanto, se vier qualquer outro evangelho, vestido de qualquer coisa, mesmo que chegue até nós cheios de terminologias que já conhecemos, mas se negar o fundamento e a essência da graça de Deus de que já está tudo feito, pago, realizado, consumado por Jesus, não é o evangelho. O apóstolo Paulo reitera em Gálatas 1:9 Assim, como já dissemos, e agora repito, se alguém vos prega evangelho que vá além daquele que recebestes, seja anátema.

Sob a recomendação de Paulo eu afirmo em Nome de Jesus que, o que se instituiu a nossa volta é anátema, é abominação. E quem quiser andar em conluio com isso, saiba, está caminhando de mãos dadas com a pior feitiçaria já inventada na terra. Tudo isso está sendo praticado blasfemamente em nome de Jesus e provoca essa grande fraude em nome do evangelho. Eles tornaram o termo igreja em algo que define um agrupamento de assaltados pelos assaltantes mais sofisticados, venais e calhordas que já surgiram na história humana. O “povo de Deus” está achando que basta cultuar a Bíblia, carregar o livro, dizer que são homens da palavra, porque carregam esse livrão que nada mais é do que um “best seller” que endinheira organizações que vivem da venda do produto sem a preocupação da absorção do conteúdo. É por isso que muitos vão para o inferno com a Bíblia e sem Jesus no coração. E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado. Marcos 16:15-16.

O adágio popular diz que “uma andorinha só não faz verão”, mas quando o verão chega até as andorinhas acovardadas tem que voar, porque fica quente demais. Portanto, cada um de nós tem que decidir, ou ficamos com o caminho do clube social, ou ficamos com o caminho do Caminho. Muitos efetivamente preferem lamber e beijar o engano da religião, mas graças ao Senhor, há aqueles que já cuspiram esta maldade e estão comendo Pão da vida. Eles estão seguindo o Cordeiro por onde quer que Ele vá. Estes irão aceitar se alimentar daquilo que é puro e simplesmente Jesus. Aquilo que não é Jesus provoca uma indigestão eterna no coração. Por isso digo que reforma só acontece em templo e não em igreja. Irmãos, somos do Senhor, fomos comprador por Ele. Jesus morreu, nós morremos nEle, para sermos eternamente dEle. E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou. 2 Coríntios 5:15. Amém. Claudio Morandi

quarta-feira, 12 de julho de 2017

O Ateu que Vive em Nós


"Eu creio! Ajuda-me na minha falta de fé" (Mc 9.24)

É mais simples explicar os fatos e acontecimentos extraordinários que nos sobrevêm como sendo obra do acaso, sorte, bons fluídos, esforço pessoal, ou destino, que admitir a ação de um Deus que intervém. O fator Deus não é agradável pra muita gente. 

É mais fácil ler as Escrituras como uma literatura qualquer, e ver suas histórias como quem visita um museu, distanciando-se delas, e não perceber que "eu" sou o cego e o paralítico que precisa desesperadamente de Deus. 

É mais cômodo agir como o rei Agripa, que após ouvir o apóstolo Paulo discorrer sobre a fé, respondeu-lhe tibiamente: "por pouco me persuades a tornar cristão" (At 26.28), que ter a coragem de render-se ao Eterno. Até hoje, muitos ao serem confrontados com a genuína pregação do evangelho, é mais fácil responderem à manifestação do divino dentro do campo da estética ("foi bonito") ou da sensação ("fiquei arrepiado"), sem, entretanto, deixar-se tocar pela Presença do transcendente.

Vida sem fé e sem compromisso com o Eterno é uma vida que privilegia apenas o efêmero, o temporal e as "coisas". Isso inevitavelmente levará a um sentimento de inquietação e vacuidade, mas em virtude dos mecanismos de defesa postos em ação, logo essa insatisfação será interpretada pela alma como necessidade de adquirir "mais coisas".

Há um ateu vivendo dentro de cada um de nós que precisa "entregar os pontos" e se converter Àquele que é. Não obstante, há um longo caminho para isso, e somente quem ousa habitar o mundo da fé consegue fazê-lo.

Nossa alma é anárquica por natureza. Jesus veio por ordem no caos, da mesma forma que Deus ordenou a Terra que até então era "sem forma e vazia", ou seja, caótica como a nossa vida. Não é fácil o caminho do cavaleiro da fé. Queremos desistir, Deus manda perseverar. Queremos retroceder, Jesus diz que não é digno de seu reino quem põe a mão no arado e olha para trás. 

"Induzo o coração a guardar os teus decretos" (Sl 119.112), dizia o rei Davi. Ou seja, por ele mesmo não guardaria, a menos que tomasse o firme propósito de submeter-se ao Eterno. A vida parece ser menos penosa quando somos guiados apenas pelos instintos, posto que viver em bondade e santidade nos traz constante luta contra nossas tendências naturais.

Sim, é difícil orar, e manter a atenção sem que imediatamente nos sobrevenham pensamentos "diversionistas". É difícil perseverar seguindo um Deus invisível numa época que se busca coisas palpáveis, e é penoso esperar pacientemente pelos céus, quando em cada esquina são oferecidas "soluções"rápidas para os nossos problemas.

Isaías dizia que o Eterno era um Deus abscôndito (escondido) e Salomão afirmava que a glória de Deus é "encobrir" e a glória dos reis "esquadrinhar"(Pv 25.2). Mas agora Ele é fácil. Não é mais necessário buscá-lo, ou procurá-lo. Ele está exposto nas vitrines suplicando para ser pego. É óbvio que essa espécie de deus satisfaz plenamente ao coração descrente, agrada as multidões e não compromete. Que fique claro: trata-se não de Deus - mas de um simulacro.

A superexposição desse "deus" pelos meios de comunicação não leva ninguém à fé, mas sim à banalização do Sagrado. Não provoca mudanças na vida pessoal e muito menos na sociedade, a despeito de milhões segui-lo. 

O ateu que vive dentro de nós teme um encontro com o Eterno, pois isso desmontaria sua estrutura de vida. Então, é mais fácil buscar um arremedo do divino, pois no fundo sabe que ainda continua no comando.

"Eu creio.... ajuda-me na minha falta de fé" (Mc 9.24), gritou profunda e sinceramente o pai de um menino endemoninhado, a quem Jesus havia dito que tudo é possível ao que crê. O filho estava enfermo, mas o pai também precisava ser curado do seu espírito de ceticismo e incredulidade. O cético e o incrédulo precisam ser libertos dos poderes da morte.

A vida de fé sempre será penosa. Requer busca, entrega, consagração. Desconfie de todo "deus" que é fácil crer, pois certamente trata-se de um impostor. 

A crença fácil acaba se tornando empecilho para a chegada da fé. A verdadeira fé ama a solidão do deserto. A verdadeira fé aceita ser estrangeira no mundo. A verdadeira fé mantém-se íntegra mesmo diante de decepções e perplexidades. E o ateu que vive dentro de nós precisa morrer. Pastor Daniel Roch

sábado, 1 de julho de 2017

Sem Perdão Não Existe Amanhã

Alguém já disse que a família é o lugar dos maiores amores e dos maiores ódios. Compreensível: quem mais tem capacidade de amar, mais tem capacidade de ferir. A mão que afaga é aquela de quem ninguém se protege, e quando agride, causa dores na alma, pois toca o ponto mais profundo de nossas estruturas afetivas. Isso vale não apenas para a família nuclear: pais e filhos, mas também para as relações de amizade e parceria conjugal, por exemplo.
Em mais de vinte anos de experiência pastoral observei que poucos sofrimentos se comparam às dores próprias de relacionamentos afetivos feridos pela maldade e crueldade consciente ou inconsciente. Os males causados pelas pessoas que amamos e acreditamos que também nos amam são quase insuperáveis. O sofrimento resultado das fatalidades são acolhidos como vindos de forças cegas, aleatórias e inevitáveis. Mas a traição do cônjuge, a opressão dos pais, a ingratidão dos filhos, a rixa entre irmãos, a incompreensão do amigo, nos chegam dos lugares menos esperados: justamente no ninho onde deveríamos estar protegidos se esconde a peçonha letal.
Poucas são minhas conclusões, mas enxerguei pelo menos três aspectos dessa infeliz realidade das dores do amar e ser amado. Primeiro, percebo que a consciência da mágoa e do ressentimento nos chega inesperada, de súbito, como que vindo pronta, completa, de algum lugar. Mas quando chega nos permite enxergar uma longa história de conflitos, mal entendidos, agressões veladas, palavras e comentários infelizes, atos e atitudes danosos, que foram minando a alegria da convivência, criando ambientes de estranhamento e tensões, e promovendo distâncias abissais.
Quando nos percebemos longe das pessoas que amamos é que nos damos conta dos passos necessários para que a trilha do ressentimento fosse percorrida: um passo de cada vez, muitos deles pequenos, que na ocasião foram considerados irrelevantes, mas somados explicam as feridas profundas dos corações.
Outro aspecto das dores do amar e ser amado está no paradoxo das razões de cada uma das partes. Acostumados a pensar em termos da lógica cartesiana: 1. 1 = 2 e B vem depois de A e antes de C, nos esquecemos que a vida não se encaixa nos padrões de causa e efeito do mundo das ciências exatas. Pessoas não são máquinas, emoções e sentimentos não são números, relacionamentos não são engrenagens. É ingenuidade acreditar que as relações afetivas podem ser enquadradas na simplicidade dos conceitos certo e errado, verdade e mentira, preto e branco. A vida é zona cinzenta, pessoas podem estar certas e erradas ao mesmo tempo, cada uma com sua razão, e a verdade de um pode ser a mentira do outro. Os sábios ensinam que “todo ponto de vista é a vista de um ponto”, e considerando que cada pessoa tem seu ponto, as cores de cada vista serão sempre ou quase sempre diferentes. Isso me leva ao terceiro aspecto.
Justamente porque as feridas dos corações resultam de uma longa história, lida de maneiras diferentes pelas pessoas envolvidas, o exercício de passar a limpo cada passo da jornada me parece inadequado para a reconciliação. Voltar no tempo para identificar os momentos cruciais da caminhada, o que é importante para um e para outro, fazer a análise das razões de cada um, buscar acordo, pedir e outorgar perdão ponto por ponto não me parece ser a melhor estratégia para a reaproximação dos corações e cura das almas.
Estou ciente das propostas terapêuticas, especialmente aquelas que sugerem a necessidade de re–significar a história e seus momentos específicos: voltar nos eventos traumáticos e dar a eles novos sentidos. Creio também na cura pela fala. Admito que a tomada de consciência e a possibilidade de uma nova consciência produzem libertações, ou, no mínimo, alívios, que de outra maneira dificilmente nos seriam possíveis. Mas por outro lado posso testemunhar quantas vezes já assisti esse filme, e o final não foi nada feliz. Minha conclusão é simples (espero que não simplória): o que faz a diferença para a experiência do perdão não é a qualidade do processo de fazer acordos a respeito dos fatos que determinaram o distanciamento, mas a atitude dos corações que buscam a reaproximação. Em outras palavras, uma coisa é olhar para o passado com a cabeça, cada um buscando convencer o outro de sua razão, e bem diferente é olhar para o outro com o coração amoroso, com o desejo verdadeiro do abraço perdido, independentemente de quem tem ou deixa de ter razão. Abraços criam espaço para acordos, mas a tentativa de celebrar acordos nem sempre termina em abraços.
Essa foi a experiência entre José e seus irmãos. Depois de longos anos de afastamento e uma triste história de competições explícitas, preferências de pai e mãe, agressões, traições e abandonos, voltam a se encontrar no Egito: a vítima em posição de poder contra seus agressores. José está diante de um dilema: fazer justiça ou abraçar. Deseja abraçar, mas não consegue deixar o passado para trás. Enquanto fala com seus irmãos sai para chorar, e seu desespero é tal que todos no palácio escutam seu pranto. Mas ao final se rende: primeiro abraça e depois discute o passado. Essa é a ordem certa. Primeiro, porque os abraços revelam a atitude dos corações, mais preocupados em se (re)aproximar do que em fazer valer seus direitos e razões. Depois, porque, no colo do abraço o passado perde força e as possibilidades de alegrias no futuro da convivência restaurada esvaziam a importância das tristezas desse passado funesto.
Quando as pessoas decidem colocar suas mágoas sobre a mesa, devem saber que manuseiam nitroglicerina pura. As palavras explodem com muita facilidade, e podem causar mais destruição do que promover restauração. Não são poucos os que se atrevem a resolver conflitos, e no processo criam outros ainda maiores, aprofundam as feridas que tentavam curar, ou mesmo ferem novamente o que estava cicatrizado. Tudo depende do coração. O encontro é ao redor de pessoas ou de problemas? A intenção é a reconciliação entre as pessoas ou a busca de soluções para os problemas? Por exemplo, quando percebo que sua dívida para comigo afastou você de mim, vou ao seu encontro em busca do pagamento da dívida ou da reaproximação afetiva? Nem sempre as duas coisas são possíveis. Infelizmente, minha experiência mostra que a maioria das pessoas prefere o ressarcimento da dívida em detrimento do abraço, o que fatalmente resulta em morte: as pessoas morrem umas para as outras e, consequentemente, as relações morrem também. A razão é óbvia: dívidas de amor são impagáveis, e somente o perdão abre os horizontes para o futuro da comunhão. Ficar analisando o caderno onde as dívidas estão anotadas e discutindo o que é justo e injusto, quem prejudicou quem e quando, pode resultar em alguma reparação de justiça, mas isso é inútil – dívidas de amor são impagáveis.
Mas o perdão tem o dia seguinte. Os que recebem perdão e abraços cuidam para não mais ferir o outro. Ainda que desobrigados pelo perdão, farão todo o possível para reparar os danos do caminho. Mas já não buscam justiça. Buscam comunhão. Já não o fazem porque se sentem culpados e querem se justificar para si mesmos ou para quem quer que seja, mas porque se percebem amados e não têm outra alternativa senão retribuir amando. As experiências de perdão que não resultam na busca do que é justo desmerecem o perdão e esvaziam sua grandeza e seu poder de curar. Perdoar é diferente de relevar. Perdoar é afirmar o amor sobre a justiça, sem jamais sacrificar o que é justo. O perdão coloca as coisas no lugar. E nos capacita a conviver com algumas coisas que jamais voltarão ao lugar de onde não deveriam ter saído. Sem perdão não existe amanhã.   Pastor Ed René Kivitz

segunda-feira, 26 de junho de 2017

Estado Laico e Liberdade Religiosa

Há dois anos, tirei uma nota baixa na prova de uma das disciplinas da Faculdade, por ter respondido a uma das questões, com conteúdos bíblicos cristãos.

Necessário foi, esclarecer o assunto. 

O princípio do Estado laico tem sido objeto de várias controvérsias dentro de alguns órgãos públicos em nosso país, apesar da clareza do direito fundamental de liberdade religiosa, assegurado pela Constituição Federal.

Essas controvérsias são decorrentes basicamente dos equívocos de interpretação e aplicação do princípio da laicidade. Esses equívocos interpretativos concorrem para fomentar uma espécie de aversão a qualquer atividade de caráter religioso no interior de repartições públicas, escolas, hospitais, como se tal princípio tivesse por finalidade proibir toda e qualquer manifestação religiosa nesses locais.

Essa aversão proibitiva de manifestações religiosas no interior de entidades públicas não encontra respaldo na legislação. Além disso, afronta o princípio da liberdade de exercício dos cultos, previsto na Constituição Federal, no art. 5º, inc. VI: é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;.

Essa garantia de liberdade religiosa é uma importante conquista dos cidadãos brasileiros, que pode ser exercida em perfeita harmonia com o princípio do Estado laico. Não há conflito entre esses princípios, quando aplicados nos moldes previstos na legislação. A história e a evolução Constitucional Brasileira nos ajudam a compreender como é possível harmonizar a prática de culto com a laicidade do Estado. 

O direito de liberdade religiosa somente foi inserido no ordenamento jurídico pátrio com o advento da Constituição Republicana. Trata-se da Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil, promulgada em 24 de fevereiro de 1891, cujo art. 72, § 3º, assim prescrevia,ipsis litterisTodos os individuos e confissões religiosas podem exercer publica e livremente o seu culto, associando-se para esse fim e adquirindo bens, observadas as disposições do direito commum.

Ressalta-se que a Constituição anterior não garantia a liberdade de culto. Tão somente permitia a liberdade de crença, desde que não externassem publicamente as manifestações religiosas. Isso porque o Império tinha como religião oficial a católica apostólica romana. A Constituição Política do Império do Brazil, outorgada em 25 de março de 1824, estabelecia no art. 5º, in verbisA Religião Catholica Apostolica Romana continuará a ser a Religião do Imperio. Todas as outras Religiões serão permitidas com seu culto domestico, ou particular em casas para isso destinadas, sem fórma alguma exterior do Templo.

A Constituição Federal em vigor, promulgada em 05 de outubro de 1988, seguindo a mesma linha das Constituições posteriores à Republicana, manteve o princípio da liberdade religiosa. Instituiu também o princípio do Estado laico, mediante a proibição imposta à União, Estados, Distrito Federal e Municípios, de oficializar qualquer igreja ou culto religioso. Desse modo, esses entes públicos não podem apoiar um segmento religioso e nem discriminar nenhuma religião. Devem se manter em posição absolutamente neutra, completamente imparcial em relação aos cultos religiosos existentes no país. 

Essa imparcialidade imposta ao Estado não implica dizer que estão proibidas as manifestações religiosas em espaços públicos. Não significa também que o Estado, por meio dos seus agentes e servidores, deve impedir as práticas públicas de culto nos interior dos órgãos públicos. Ao contrário disso, o Estado não pode causar nenhum embaraço e nem dificultar a atividade religiosa exercida livre e espontaneamente por seus cidadãos, desde que respeitada a liberdade de convicção e crença de cada pessoa.

Essas limitações são impostas aos entes públicos pela Constituição Federal, que dispõe no art. 19 dessa forma: É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público;. Esses são os preceitos que traduzem o real sentido do princípio de Estado laico.

Acerca do referido princípio, Pedro Lenza, na obra Direito Constitucional Esquematizado, 17ª edição, Editora Saraiva, assim preleciona: existe separação entre Estado e Igreja, sendo o Brasil um país leigo, laico, ou não confessional, não existindo, portanto, qualquer religião oficial da República Federativa do Brasil. E ao discorrer acerca da liberdade religiosa, ressalta os seguintes aspectos: Dentro de uma ideia de bom-senso, prudência e razoabilidade, a Constituição assegura o direito a todos de aderir a qualquer crença religiosa, ou recusá-las, ou, ainda, de seguir qualquer corrente filosófica, ou de ser ateu e exprimir o agnosticismo, garantindo-se a liberdade de descrença ou a mudança da escolha já feita.

Diante disso, a correta interpretação do princípio de Estado laico conduz necessariamente ao entendimento de que tal princípio não tem o condão de suprimir a liberdade religiosa dos cidadãos. Muito pelo contrário, como visto acima, a laicidade estatal impõe uma vedação não aos indivíduos, mas ao próprio Estado, proibindo-o de assumir uma bandeira religiosa e de impedir o livre exercício das expressões religiosas por parte daqueles que possuem uma crença.

Decorre ainda desse princípio, o fato de que o Estado, por meio dos seus agentes e servidores, deve permitir que as manifestações de culto ocorram em ambientes públicos, tais como escolas, hospitais, presídios, dentre outros. Essa possibilidade de culto fica claramente evidenciada pela Constituição Federal que garante o acesso de religiosos a locais restritos, para a prestação do serviço de assistência religiosa, denominado capelania, conforme art. 5º, inc. VII: é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva;.

O supracitado dispositivo Constitucional foi regulamentado pela Lei nº 9.982, de 14 de julho de 2000, cujo art. 1º dispõe: Aos religiosos de todas as confissões assegura-se o acesso aos hospitais da rede pública ou privada, bem como aos estabelecimentos prisionais civis ou militares, para dar atendimento religioso aos internados, desde que em comum acordo com estes, ou com seus familiares no caso de doentes que já não mais estejam no gozo de suas faculdades mentais. Nota-se que esse preceito legal autoriza expressamente a prática religiosa em hospitais da rede pública, bem como em estabelecimentos prisionais civis ou militares, unidades organizadas e mantidas pelo Estado, desde que observadas as peculiaridades desses ambientes.

Acrescenta-se como mais uma evidência de que o Estado deve permitir a prática de culto em repartições públicas, o fato de que algumas instituições criaram quadro próprio de capelania. Os religiosos que compõem esses quadros são denominados capelães e prestam assistência religiosa prioritariamente aos integrantes dessas instituições públicas. É o caso da Polícia Militar e Corpo de Bombeiro Militar dos Estados da Federação, bem como das Forças Armadas.

Cita-se a título de exemplo a Lei nº 6.923, de 29 de junho de 1981, que organizou o Serviço de Assistência Religiosa nas Forças Armadas. O art. 2º desse diploma legal preconiza: O Serviço de Assistência Religiosa tem por finalidade prestar assistência religiosa e espiritual aos militares, aos civis das organizações militares e às suas famílias, bem como atender a encargos relacionados com as atividades de educação moral realizadas nas Forças Armadas.

Constata-se, portanto, que a Constituição Federal e as Leis Federais acima referidas autorizam de modo expresso a atividade religiosa no interior de hospitais públicos, presídios civis e militares do Estado, bem como a realização do serviço de capelania nas instituições militares dos Estados da Federação e nas Forças Armadas. Logo, não há como impedir a manifestação religiosa em escolas e demais repartições públicas não referidas expressamente. Isso porque deve existir igualdade de direitos e de tratamento entre todos os cidadãos brasileiros, como forma de promover o bem estar de todos, sem preconceitos e sem quaisquer outras formas de discriminação.

Diante do exposto, conclui-se que há perfeita harmonia entre o princípio da liberdade religiosa e o princípio do Estado laico, não existindo qualquer conflito entre ambos. A laicidade do Estado não impõe vedações aos indivíduos, mas ao próprio Estado, que fica impedido de oficializar culto religioso ou igreja, bem como de provocar embaraços ao livre exercício das manifestações religiosas. 

Ademais, Estado laico não significa afirmar que estão proibidas as práticas de culto no interior de repartições governamentais. Isso porque a legislação autoriza a prestação de assistência religiosa (capelania) em hospitais públicos, presídios civis e militares, Polícias e Bombeiros Militares dos Estados da Federação e nas Forças Armadas. Enfim, essa liberdade de culto se estende às demais entidades públicas, como escolas e repartições não referidas expressamente em lei, por força do princípio da igualdade de direitos entre os cidadãos brasileiros. 

Fonte: 

Defesa do Evangelho
Blog do Adiel Teófilo
http://adielteofilo.blogspot.com.br/2017/06/a-igreja-dentro-lei-estado-laico-x.html

terça-feira, 20 de junho de 2017

Os Anjos


Não são porventura todos eles espíritos ministradores, enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação? (Hb.1:14).

Atualmente o tema anjos é popular tanto no meio religioso quanto no mundo secular. Livrarias e lojas de presentes estão repletas de estátua e anjos ornamentais, pinos de lapela e livros narrando supostos encontros com anjos. As pessoas falam de "anjos da guarda" e essa expressão foi absorvida para dentro do vernáculo. Acredita-se que cada pessoa tem um anjo da guarda. Mas existe algo assim, como "anjo da guarda" e cada pessoa tem o seu?

Em Hebreus 1 o autor nos mostra quão maior é o Filho de Deus do que os anjos. Eles são servos dAquele que é o herdeiro de todas as coisas. Os anjos estavam presentes no nascimento do Senhor, bem como em momentos críticos de Seu ministério. Eles apareceram na Sua ressurreição e ascensão e estarão presentes em Sua segunda vinda. Mas o que é verdadeiro acerca do herdeiro, também é acerca dos "co-herdeiros". Isso significa que apenas os que são salvos ou que estão sujeitos aos conselhos de Deus para a salvação possuem anjos da guarda, mas os perversos e incrédulos não. Isso pode ser visto na história de Lázaro e do homem rico (Lucas 16:19-31). Quando Lázaro morreu, ele foi levado pelos anjos para o céu, mas nenhum anjo se encontrou com o homem rico na sua morte. O Senhor Jesus disse acerca das criancinhas que acreditavam nEle, que seus anjos "nos céus sempre veem a face de meu Pai que está nos céus" (Mateus 18:10).

Anjos acompanham os crentes desde seus primeiros dias até partirem desse mundo. Os anjos, com frequência, vêm socorrer os crentes (Atos 12:7; 27:23). Como o servo de Eliseu da antiguidade, se nossos olhos estivessem abertos, nós poderíamos ver que mais são os que estão ao nosso lado, do que contra nós (2 Reis 6:16-17), pois "o anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que o temem, e os livra" (Salmos 34:7). 

http://www.chamada.com.br

quarta-feira, 7 de junho de 2017

Nostalgia, a Prima da Saudade

Somente quem viveu momentos belos e felizes é que é invadido pela nostalgia, diferentemente daquele que passou pela vida e não viveu. É o sentimento que surge a partir da sensação de não poder reviver certos momentos da vida - apesar de que alguns destes momentos, graças à tecnologia, podem ser reproduzidos com certa fidelidade. A nostalgia é uma sensação que se debate entre a tristeza e a plenitude. Tristeza pelo que já não está. Plenitude ao reviver a lembrança do que foi. A palavra vem do grego e significa algo como “dor pela volta para casa”.

O lar e a nostalgia

Ao que parece, a nostalgia sempre está associada a elementos ou sentimentos daquilo que podemos chamar de lar. Na realidade, a palavra “lar” pode ser muito mais complexa do que parece à primeira vista. Lar é a infância com suas brincadeiras e a constante surpresa frente ao mundo. Lar são todas aquelas pessoas e situações que nos acolhem profundamente, como se estivéssemos em casa. Lar é também a pátria, esse lugar onde não nos sentimos estrangeiros. Mais que um lugar específico, o lar é um estado da alma. Ele se caracteriza porque possui uma atmosfera de confiança, de paz e de plenitude.

A nostalgia e a memória

A memória é, principalmente, uma função afetiva. Raras vezes lembramos das pessoas e das coisas como elas realmente foram, e sim como sentimos que eram. Nossa memória não é como a dos computadores, que armazenam dados sem modificá-los. Muito pelo contrário, a memória humana é bastante moldável. Ela nem sempre se ajusta aos fatos como ocorreram, e lhes outorga diferentes significados segundo as circunstâncias. Esse simples ato cobra novos significados e, por isso mesmo, às vezes atribuímos gestos ou palavras que talvez nunca aconteceram, mas que complementam essa memória afetiva que construímos.

A nostalgia e a saudade

A nostalgia tem uma palavra prima: a saudade. Também pode ser entendida como o sofrimento que vem como resultado da ignorância. Não saber onde está, ou como alguém está. É o que acontece no caso de morte: as pessoas que amamos se vão e algo dentro de nós deseja saber mais delas. Quem acredita vai querer saber se alcançaram o paraíso ou não. Quem não acredita vai tentar decifrar o significado filosófico ou existencial da morte, dar a ela um lugar no mundo simbólico dos que já não estão.
Por que será que, por mais que a gente tente, muitas vezes é incapaz de abandonar determinadas memórias afetivas: imagens que construímos de nós mesmos, velhos amores, antigos padrões de comportamento? E parece que não adianta mesmo fugir - tais memórias são nossa bagagem, estarão sempre a nos acompanhar. Claro que tudo isso depende do uso que fazemos do nosso passado. Pois uma coisa é ter o tempo pretérito como referência - é por meio do exemplo de pessoas e ações que vieram antes de nós que procuramos não perpetuar os erros de outrora ou que nos espelhamos para construir um presente melhor.
Isso é essencial em todas as culturas, do velho pajé que conta antigas proezas da tribo aos mais jovens até os livros de história que nos ensinam sobre os capítulos sombrios da nossa civilização.

Outra coisa bem diferente (e daninha) é a fixação no passado, quando remoemos aquilo que já está longe no tempo e no espaço, ou idealizamos (alguém, uma situação, um estilo de vida) a ponto de não mais conseguirmos olhar para a frente e aproveitarmos o presente - nosso tempo - em todo seu potencial. Aí entra a danada da nostalgia. Sim, porque a nostalgia, essa palavra grega que significa algo como "saudade de um lar que não mais existe ou nunca existiu", pode ser um obstáculo para o nosso crescimento. Repare em como num momento ou outro a gente pensa num tempo bom que não volta nunca mais, numa "era de ouro" (completamente idealizada, uma ficção que mistura memória e desejo) em que tudo tinha cores mais belas. Ah, antigamente...

Faz mal?

O conceito de nostalgia, diferentemente do que muitos pensam, não vem da poesia ou da política, mas da medicina, e data do século XVII. Embora a palavra nostalgia seja de uso comum, ela foi inventada pelo médico Johannes Hofer em 1688. Em sua tese de doutorado, ele analisou os casos de um estudante e um empregado com graves problemas de saúde. Os dois chegaram a agonizar, mas, por diversas razões, cada um foi levado para sua casa para morrer junto com sua família. Milagrosamente ambos melhoraram. Naqueles tempos, a nostalgia foi considerada um sintoma grave. Se um soldado apresentava esse sentimento, imediatamente era enviado para casa. O mesmo acontecia com os marinheiros. Naquela época, alguém que padecesse de nostalgia podia apresentar sintomas tão variados e nefastos como náusea, perda de apetite, febre alta chegando até mesmo a complicações físicas extremas, como inflamações no cérebro e ataques cardíacos. Em suma: nostalgia, naquele tempo, fazia parte de um temível rol de doenças classificadas pela ciência médica do período.

Nos velhos tempos, nostalgia era uma doença curável. Perigosa, mas não letal. O tratamento mais difundido era feito com emulsões hipnóticas e ópio. No século XIX, o escritor e médico brasileiro Joaquim Manuel de Macedo (que entraria para os compêndios como o popular autor do romance, A Moreninha) arrolava em sua tese Considerações sobre a Nostalgia, apresentada à Faculdade de Medicina, complicações como disenteria e febres. A doença nostalgia era constantemente atribuída aos soldados em guerra e aos imigrantes vindos do interior. A coisa parecia mesmo tão grave, num tempo que ainda não vira o aparecimento da moderna psicologia e de todo o aparato farmacêutico, a ponto de Joaquim Manuel de Macedo tratá-la como uma espécie de demência.

Hoje em dia, no entanto, não se toma a nostalgia como uma condição patológica como se supunha no passado. Ao ser comparada à depressão e à melancolia, por exemplo, a nostalgia pode ser considerada um estado de espírito, quando a depressão e a melancolia são doenças em si. A nostalgia pode ser vista como algo que desperta para a ideia de que também no presente coisas boas serão possíveis.
Somente quem viveu momentos belos e felizes é que é invadido pela nostalgia, diferentemente daquele que passou pela vida e não viveu. Por isso, nostálgicos voltam ao passado no qual amaram e foram amados. Na melancolia ou depressão: nunca foram amados ou amparados.

Faz sofrer

Você certamente conhece a figura: aquele eterno insatisfeito, o tipo de pessoa de quem mais se ouve que antigamente... - ah! Antigamente, como as mulheres eram mais bonitas (a beleza natural), as ruas mais limpas e o ar mais puro. É bem possível mesmo que a vida fosse mais amena. O custo de vida era mais baixo e o trânsito, muito menos estressante. E, lógico, havia menos gente no mundo. Acontece que esse "antigamente" idealizado nunca mais voltará. Fato é que fabricamos muitas das nossas memórias e não temos certeza do passado, por isso mesmo é que o tempo pretérito nos parece ter cores tão mais definidas e ostenta uma cenografia tão impecável. É como um quadro que pintamos em nosso cérebro. A nostalgia é uma espécie de reaproveitamento da tristeza. Ainda que difusa, ela sinaliza algo que foi bom. Eu era feliz e não sabia. Isso denota o estado fantasioso da nostalgia em relação ao presente.

Claro que é impossível voltar ao passado, mas trazer seus elementos agradáveis de volta ao presente é algo bastante concreto. Se você gostava, por exemplo, de tocar violão, mas não pratica há anos, que tal treinar de vez em quando? Se sente muita falta da casa da mãe, comer um arroz com feijão no fim de semana pode dar um gostinho do lar para sempre desaparecido. Não é que vá matar a saudade. Até porque nostalgia e saudade são coisas diversas. A nostalgia é um estado mais amplo, mais difuso que um sentimento de saudades. Enquanto este diminui quando reencontramos o objeto faltante, a nostalgia pode permanecer mesmo quando reencontramos aquilo de cuja falta nos demos conta, mas ajuda a acalmar o sofrimento.

Pois nostalgia e perda são sentimentos tão parecidos que muitas vezes podem se confundir. A dor imensa que representa a perda de um filho é um exemplo de situação-limite que instaura uma condição nostálgica - e que pode desencadear uma baita depressão, já que as lembranças do passado se convertem em um fardo insuportável. Nesses casos, a tristeza levará à impotência, ao sentimento de fracasso e de culpa. Nada mais é recuperável. Aí o recomendável é que se trate a depressão advinda desse processo.


Fontes:

SILVA, Deborah Couto e. A danada da nostalgia. 2017. Disponível em: <http://vidasimples.uol.com.br/noticias/pensar/a-danada-da-nostalgia.phtml#.WThBC2jys_5>. Acesso em: 07 jun. 2017.

SANTANA, Ana Lucia. Nostalgia. 2017. Disponível em: <http://www.infoescola.com/psicologia/nostalgia/>. Acesso em: 07 jun. 2017.


segunda-feira, 5 de junho de 2017

O Preço de um Sonho

Essa mensagem não é uma tentativa de desanimar as pessoas, mas uma certeza de encorajamento a todos que ousarem a ser como o nosso protagonista. Muitas pessoas deixaram de sonhar ou deixaram seus sonhos caírem no esquecimento, creio que os motivos foram os mais diversos, mas quero que você que desejou ler esta mensagem possa levá-la a muitos amigos e colegas, para que também sejam abençoados com a palavra de Deus. Só Deus pode mudar a história de uma vida, seja ela qual for. 
        


A FAMÍLIA DE JACÓ

Após ter cumprido o contrato verbal com Labão, Jacó decide ir embora levando suas esposas e seus filhos. Os tempos se passam e agora Jacó e sua família estava na verdade em Hebrom nas terras de Canaã, porém anida se não havia tomado posse de sua herança, sendo ainda moradores estrangeiros em Canaã, e já se fazia onze anos desde que Jacó ali chegara.

Jacó chegou em Hebrom levando consigo suas quatro mulheres e seus doze filhos, tendo uma família constituída da seguinte forma: 

LÉIA OU LIA

Esta era filha mais velha de Labão, irmão de Rebeca, mãe de Jacó. Seu nome pode significar “Olhar tenro”. Lia foi dada a Jacó como esposa depois de uma trama articulosa de seu pai, a fim de que ela não ficasse solteira e não desse a Labão netos. Lia deu a Jacó sete filhos, sendo seis homens e uma mulher. Assim sendo ela foi mãe de seis das doze tribos de Israel. Os filhos homens eram Rúben, Simeão, Levi, Judá, Issacar e Zebulom, e uma filha chamada Diná.

ZILPA

Esta era serva de Lia, que a seguia e como serva deveria obedecer todas as suas ordens seja elas qual fossem, então lia dá Zilpa como esposa a Jacó para que dela viessem filhos que pertenceriam a senhora e assim pensava Lia que teria o coração e o amor de seu esposo, e seguindo a ordem de sua senhora, Zilpa dá a Jacó dois filhos homens chamados Gade e Aser.

BILA

Bila era serva de Raquel, e também como serva em obediência a sua senhora Raquel, é dada como esposa a Jacó e entrando a ela, Bila dá a Raquel dois filhos homens chamados Dã e Naftali.

RAQUEL

Esta também era filha de Labão, assim sendo era irmã de Lia, ambas primas de Jacó. Raquel era o amor da vida de Jacó, e foi por ela que trabalhou quatorze anos de graça na fazenda de Labão. Raquel era estéril mas já em sua velhice ela concebe e dá a Jacó quem também já estava em boa velhice dois filhos, que os chamou de José o primeiro e seu irmão Benjamim que nasceu em Betel. Infelizmente Raquel morre no parto de Benjamim.

Em ordem cronológica, eram os filhos de Jacó, ou as doze tribos de Israel as seguintes: Rúben, Simeão, Levi, Judá, Dã, Naftali, Gade, Aser, Issacar, Zebulom, José e Benjamim.
            

JOSÉ O FILHO MAIS AMADO

Em uma casa onde há filhos uma verdade é que uns adquirem mais afinidade com o pai e outros com a mãe. Não que Rebeca amasse mais a Jacó do que a Esaú, não que Jacó amasse mais José do que seus outros filhos, mas a verdade é que os filhos se unem mais a um de seus pais, pois em minha casa tenho dois filhos homens, o mais velho é mais apegado a minha esposa e o mais novo a mim. Isso não faz como que haja uma preferência, mas demonstra a afinidade. Então era José aquele que mais amava o pai, aquele que mais agradava o velho Jacó.

Era costume nos dias de Jacó, o pai colocar o nome nos filhos, mas vemos que no texto do capítulo 29 de Gênesis, as mães davam os nomes, claro que tinham autorização do Jacó, e aprouve a Deus que a José fosse lhe dado uma nome diferente de seus irmãos, ou seja, Yossef, que significa “Descobridor de coisas ocultas”.

Ora! Percebendo Jacó que José era o que mais lhe agradava e lhe buscava o bem, Jacó dá a José uma túnica, que na verdade não foi feita por Jacó, mas segundo os sábios judeus, era uma túnica que foi dada a Isaque por seu Abraão como um símbolo da marca da promessa. Então seria sensato pensar que aquela túnica fosse dada a Rúben como herança, ou a Judá como profecia de promessa, mas aprouve a Deus escolher aquele que era desde sua infância um verdadeiro sonhador.

Segundo a Bíblia José era aquele que trazia noticias a seu pai, era ele que contava a verdade de tudo que acontecia na casa de seu pai, pois vemos que quando José tem um segundo sonho e conta a sua família, seu pai o repreende na frente de todos para não tirar a autoridade de seus irmãos e das matriarcas da casa, mas o versículo diz assim: “Seus irmãos, pois, o invejavam; seu pai, porém, guardava este negócio no seu coração.” (Gn,37:11). Verdadeiramente José era diferente dentre seus irmãos e Jacó já havia percebido essa diferença.

A Bíblia cita somente dois sonhos tidos por José ainda no seio de sua família, mas bem sabemos que somente dois sonhos não deixariam seus irmãos irados e com muita inveja do menino que tinha apenas dezessete anos, pois quando os sonhos começaram penso que todos riam da cara de José, mas certamente acredito que alguns desses sonhos vieram a se concretizar, isso sim colocaria inveja no coração de seus irmãos.

CONSEQUÊNCIAS NA VIDA DE UM SONHADOR

Mas o que teria levado José a ser um sonhador? Por que José sonhava tanto? Porque um sonhador incomoda as pessoas assim? Perguntas pertinentes não acham?

O que vejo aqui na vida de José é que era melhor nunca ter sonhado, do que sonhando ter passado pelo que passou. Então vejamos o que aconteceu com José após ter sonhado, e se tornado assim um sonhador.

DESPERTA INVEJA

Eu creio que esta é a pior das macumbas que alguém possa fazer. A inveja é algo terrível. Algo que corrói o invejoso por dentro, pois invejar é o mesmo que desejar ter o que o outro tem, ou desejar que o outro não tenha assim como ele não tem. Sim! A inveja é um sentimento maldito e típico de uma qualidade de Satanás.

Ao começar a ser invejado por seus irmãos José começou a correr perigo, pois um invejoso é capaz de fazer algo só para prejudicar a pessoa que inveja. Quando sonhamos sem percebermos qualquer coisa ao nosso redor, algo acontece que são os invejosos maquinando pensamentos horripilantes a nosso respeito.

Agora te pergunto: Será que devemos sonhar? Seria tão bom ser um sonhador?

NOS JOGA NO POÇO SECO

Quando José obedecendo a seu pai vai até onde estão seus irmãos para trazer noticias, relata-nos a bíblia que de longe seus irmãos o reconheceram e disseram ao vê-lo: “Lá vem o sonhador”.

Ao chegar perto deles todos já haviam tramado um plano para entulhar os sonhos de José, e logo quando ele se aproximou o agarraram e lhe arrancaram a túnica e o jogaram em um poço seco, que segundo estudos tinha no mínimo sete metros de profundidade. Com a queda José chegou ao fundo todo esfolado     e sangrando assustado com a escuridão e com a solidão do lugar. Tudo por que José decidiu ser um sonhador, e novamente eu te pergunto: Será que devemos sonhar? Seria tão bom ser um sonhador?

NOS FAZ SERMOS VENDIDOS

Quando já se sentia cansado de tanto gritar por socorro, uma corda aparece no fundo do poço, e José pensa que seus irmãos invejosos haviam se arrependido, mas na verdade algo ainda pior iria acontecer. José é vendido como mercadoria a uma caravana de mercadores de Ismaelitas. Agora ele é só um escravo e a caravana vai para o Egito. Lá José é vendido como escravo para um homem chamado Potifar, que tinha uma esposa maligna. Na casa de Potifar ele é só um escravo que deve obedecer a tudo.

Ninguém olhava para ele a não ser a mulher de Potifar. Ali José fica realizando trabalhos pesados, longe do aconchego de seu velho pai.        
 

NOS LEVA A PRISÃO

Certo dia a mulher maligna de Potifar tenta obrigar o jovem José a se deitar com ela, mas ele era um sonhador e um verdadeiro sonhador não renega seus sonhos. Mas ele foge e quando pensava estar seguro seu senhor o joga na prisão para ali apodrecer o resto de sua vida    , um lugar que cheira mal. Novamente esquecido.

Tudo isso só porque José decidiu sonhar um sonho e dali em diante sua vida nunca mais foi a mesma. Ele mesmo passando por sérias adversidades nunca renegou os seus sonhos, ele sempre se manteve firme naquilo que estava em seu coração.

CONSEQUÊNCIAS NA VIDA DE UM SONHADOR

Após ter passados anos encarcerado naquele lugar fétido, alguém se lembra de José e o tira levando para o palácio de Faraó, para que interpretasse um sonho que perturbava o coração de Faraó. Ali já no palácio ele da à resposta que alivia o coração de Faraó e quando já pensava em voltar para a prisão, Faraó o coloca por Governador de todo o Egito, visto que somente um homem com tamanha sabedoria poderia ser útil ao império Egípcio, para que não subjugasse.

Agora o sonhador era o governador de todo o Egito e uma fome terrível assolava toda a terra, mas graças às palavras sábias do homem sonhador o Egito tinha muita comida e a fome chegou até a casa de seu pai. Isso obrigou seus irmão virem comprar comida no Egito e quando eles mesmos já pensavam que José havia morrido, eis que surge como que das cinzas o sonhador que lhes mostrou a todos que ninguém pode matar ou calar um verdadeiro sonhador.

Ali no palácio do Faraó, Jacó e seus filhos se curvam diante do governador do Egito e nesse momento José se faz conhecer. Todos ficam estarrecidos com a visão de que estava diante de seus olhos, o sonhador não morreu, mas ele vive.

CONCLUSÃO

Mas sonhar tem um preço! Sonhar incomoda muita gente! Na verdade sonhar custa caro! Eu creio que todo sonho tem o seu preço!

Uma coisa eu aprendi com José, esse sonhador corajoso e perseverante, que nunca renunciou a seus sonhos, é que “o sonhador mexe com o coração de Deus”.

Não deixe que matem seus sonhos. Continue mesmo que isso incomode pessoas ou demônios, sei agora que vale apena sonhar e ser um descobridor de coisas ocultas, que era o significado do nome de Yossef Bem-Yacov (José filho de Jacó).

“Sonhe, ouse sonhar, você nunca irá além dos seus sonhos!”-Pr. Marco Feliciano.

Uma coisa é verdadeira, Deus sempre estava com José, sempre. Veja:

- “O Senhor estava com José...” (Gn, 39: 2,21)
- “Vós, na verdade, intentaste o mal contra mim; porém Deus o tornou em bem....” (Gn, 50:20)
- “José, pois, habitou no Egito, ele e a casa de seu pai; e viveu José cento e dez anos. E viu José os filhos de Efraim, da terceira geração; também os filhos de Maquir, filho de Manassés, nasceram sobre os joelhos de José. (Gn,50:22, 23)

Deus é contigo meu amado irmão sonhador, mas nunca se esqueça de ficar firme na presença dele, pois Deus só tem compromisso com quem tem compromisso com Ele. Se atentamente ouvires a voz do Senhor e obedecer a seus mandamentos todas estas bênçãos virão e lhe alcançarão, (Deuteronômio 28).

Saiba de uma coisa. Ninguém é maior sonhador do que Deus, pois um dia ele sonhou e nasceu você, que está lendo esta mensagem. Deus te abençoe ricamente.    Pr. Alexandre Augusto