domingo, 28 de maio de 2017

Filhos e Soldados

Nossa relação com Deus tem vários aspectos e precisamos ter consciência deles para que tenhamos uma visão equilibrada da vida cristã e não fiquemos decepcionados ou escandalizados com a realidade.

1 - Somos filhos de Deus.
Paulo tratou Timóteo como “filho”. O Senhor também nos trata dessa forma. A palavra “filho” nos faz pensar naquilo que Deus faz por nós: proteção, sustento e benefícios diversos. Queremos todas as bênçãos de Deus, mas a vida cristã não se resume àquilo que nos agrada.

2 - Somos soldados de Cristo.
A palavra “soldado” nos lembra das dificuldades, problemas, exercícios, abstinências, lutas, confrontos com o adversário. 

Tudo isso faz parte da vida cristã. Não fomos chamados para viver o paraíso aqui na terra.

“Lembra-te de Jesus Cristo” (II Tm.2.8). Ele é o nosso exemplo supremo. Ele é o Filho Primogênito e comandante do exército de Deus. Como ele sofreu e venceu, nós sofreremos e venceremos. Anísio Renato de Andrade.

quarta-feira, 24 de maio de 2017

O Céu é Logo Ali!

Há muito tempo atrás, em meio ao sofrimento e à morte, Jó perguntou: "Morrendo o homem, porventura tornará a viver?" Séculos se passaram antes de haver a resposta certa e final dada por Jesus Cristo: "Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo o que vive e crê em mim não morrerá, eternamente. Crês isto?" (João 11.25,26). Na véspera da Sua crucificação, Jesus disse aos Seus discípulos: "Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também" (João 14.2,3).

O lugar de que Jesus falou é o céu. Ele é a esperança de todo aquele que nEle crê. Durante séculos, o céu foi retratado por artistas, poetas, autores e pregadores. Agostinho, Dante, John Milton, John Bunyan, C.S. Lewis e muitos outros escreveram sobre o céu e suas glórias. O céu é cantado em hinos, música erudita e popular. É mencionado em anedotas e sermões, hospitais e salas de aula. Quase todo mundo tem alguma vaga noção sobre o céu – algumas bíblicas, outras não. A promessa do céu tem dado esperança aos aflitos, conforto aos enlutados e reafirmação aos que enfrentam batalhas espirituais.

O céu é real. Na era da fantasia, dos efeitos especiais, do misticismo e da apatia espiritual, é fácil interpretar o céu de maneira errada. Mas a Bíblia é bem clara quanto à existência e ao propósito do céu. E já que o céu e o Estado Eterno são parte do plano de Deus para as eras, o céu e a profecia estão relacionados integralmente.

Às vezes, quando lemos o jornal, a notícia mais importante não está na primeira página nem nas manchetes, mas nos obituários. Se ainda não recebemos a notícia por amigos e parentes, é ali que ficamos sabendo da morte de amigos, vizinhos e conhecidos. Nessas poucas linhas e colunas somos lembrados de como a vida é transitória e a morte é certa. Quando pensamos na nossa própria morte ou na morte de um parente, a teologia fica bem pessoal.

O que acreditamos sobre vida e morte, bem e mal, céu e inferno é muito importante. C. S. Lewis escreveu sobre a importância do céu: "Se você ler a história, descobrirá que os crentes que mais realizaram neste mundo foram exatamente aqueles que pensavam mais no mundo por vir... É pelo fato dos crentes terem deixado de pensar no outro mundo que se tornaram ineficazes neste mundo". Na verdade isso se aplica a todos nós! Pensar sobre o céu é da maior importância, pessoal e teologicamente.

A escatologia é o estudo dos eventos e personalidades futuros, baseado na profecia da Bíblia. Todas as profecias bíblicas relativas ao futuro serão cumpridas conforme o plano e o cronograma de Deus. Isso está relacionado a qualquer pessoa que já viveu, vive agora, ou viverá. Os ensinamentos da Bíblia sobre o céu e o inferno estão relacionados ao que podemos denominar de escatologia "pessoal". O céu e o inferno são bem reais e pessoais – eles estão relacionados ao nosso futuro.

O pastor e escritor Dr. Steven J. Lawson escreveu sobre o céu:
Não se enganem, o céu é um lugar real. Não é um estado de consciência. Nem uma invenção da imaginação humana. Nem um conceito filosófico. Nem abstração religiosa. Nem um sonho emocionante. Nem as fábulas medievais de um cientista do passado. Nem a superstição desgastada de um teólogo liberal. É um lugar real. Um local muito mais real do que onde você está agora... É um lugar real onde Deus vive. É o lugar real de onde Deus veio para este mundo. E é um lugar real para onde Cristo voltou na Sua ascensão – com toda a certeza!

A Bíblia não nos diz tudo o que gostaríamos de saber sobre o céu, mas nos dá vislumbres do futuro para nos encorajar no presente.

Todo mundo vai para o céu?
Geralmente ouvimos a frase "todos os caminhos levam a Deus", o que implica que todas as religiões podem afirmar que têm a verdade, ou que toda a humanidade terá o mesmo fim. No cristianismo, alguns afirmam que todos receberão salvação. Mas essa posição de inclusivismo não está baseada na Bíblia e não foi a posição histórica da ortodoxia cristã. Passagens como Mateus 25.46, João 3.36, 2 Tessalonicenses 1.8-9 e várias outras ensinam claramente que nem todos serão salvos. Esse é, sem dúvida, um assunto difícil e emocional. Mas ele deve ser o fator de motivação para todo crente compartilhar sua fé. Ser salvo ou não ser salvo é um assunto muito importante, porque está em jogo a eternidade.

Como posso ter certeza de que irei para o céu?
O teólogo Dr. Carl F. H. Henry disse sobre a sociedade contemporânea e seus cidadãos: "A repressão intelectual a Deus e à Sua revelação precipitou a falência de uma civilização que rejeitou o céu para aninhar-se no inferno". Essa afirmação ousada mas verdadeira pode ser um reflexo exato do nosso próprio estado espiritual.

Talvez você tenha chegado a esta última pergunta e ainda não tenha certeza de qual será seu destino eterno. Se este for o caso, esta é a pergunta mais importante para você, e nós o incentivamos a pensar a respeito cuidadosamente.

Nós gostaríamos que você soubesse, sem sombra de dúvidas, que pode ter a vida eterna por meio de Jesus Cristo. No Apocalipse, João faz um último apelo: "O Espírito e a noiva dizem: Vem! Aquele que ouve, diga: Vem! Aquele que tem sede venha, e quem quiser receba de graça a água da vida" (Apocalipse 22.17). O que significa esse convite?

O noivo fez um convite à noiva. O noivo está disposto, mas a noiva também está? Da mesma forma, Deus preparou tudo – sem custo nenhum para você, mas a um alto preço para Ele – para que você possa entrar num relacionamento com Ele, que lhe dará vida eterna. Mais especificamente, o convite é feito para quem ouve e está com sede. "Sede" representa uma necessidade. Essa necessidade é o perdão do pecado. Portanto, você deve reconhecer que é um pecador aos olhos de Deus: "Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus" (Romanos 3.23). Deus é santo e, por isso, não pode ignorar o pecado de ninguém. Ele deve julgá-lo. Mas Deus, na Sua misericórdia, preparou um caminho pelo qual homens e mulheres pecadores podem receber Seu perdão.

O perdão foi comprado por Jesus Cristo por alto preço. Quando Ele veio à terra, há 2000 anos atrás, viveu uma vida perfeita, morreu na cruz em nosso lugar para pagar pelo nosso pecado e ressuscitou: "Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus nosso Senhor" (Romanos 6.23). A Bíblia também diz: "Antes de tudo, vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras" (1 Coríntios 15.3-4).

Para obter a salvação e a vida eterna que Jesus Cristo oferece, devemos individualmente confiar que o pagamento de Cristo por meio da Sua morte na cruz e da Sua ressurreição é a única maneira de recebermos o perdão dos nossos pecados, o restabelecimento de um relacionamento com Deus e a vida eterna. "Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie" (Efésios 2.8,9). É por isso que João convida quem tem sede a vir e começar um relacionamento com Deus por meio de Cristo.

Você está com sede? Você reconhece seu pecado perante Deus? Se a sua resposta é sim, venha para Cristo. Se você não reconhece sua necessidade de salvação, estará desperdiçando essa oportunidade. Por favor, não faça isso.

Quem tem sede e quer salvação pode expressar sua fé por meio da seguinte oração:
Senhor, eu sei que pequei e careço dos Teus caminhos perfeitos. Reconheço que meus pecados me separam de Ti e que mereço Teu julgamento. Eu creio que Tu enviaste Teu Filho, Jesus Cristo, à terra para morrer na cruz pelos meus pecados. Eu confio em Ti, Senhor Jesus Cristo, e no que Tu fizeste na cruz para pagar os meus pecados. Por favor, perdoa-me e dá-me a vida eterna. Amém.

Se fez essa oração com sinceridade, você é agora um filho de Deus e tem vida eterna. O céu será seu lar eterno. Bem-vindo à família de Deus! Como Seu filho, você vai querer desenvolver esse relacionamento maravilhoso aprendendo mais sobre Deus por meio do estudo da Bíblia. Você vai querer encontrar uma igreja que ensine a Palavra de Deus, que encoraje a comunhão com outros crentes e promova a divulgação da mensagem do perdão de Deus para os outros.

Se você já é crente, nós o encorajamos a aprofundar seu relacionamento com Cristo. À medida que crescer, você vai querer viver para Ele à luz da Sua vinda. Você vai querer continuar a divulgar a mensagem do perdão que recebeu. Enquanto você vê Deus preparando o cenário para o drama dos eventos do fim dos tempos, você deve estar motivado a servi-lo ainda mais até que Jesus venha. Que seu coração se ocupe com Suas palavras:

"E eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras. Eu sou o Alfa e o ‘mega, o Primeiro e o Último, o Princípio e o Fim. Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras [no sangue do Cordeiro], para que lhes assista o direito à árvore da vida, e entrem na cidade pelas portas" (Apocalipse 22.12-14). Thomas Ice e Timothy Demy

segunda-feira, 15 de maio de 2017

Nosso Barquinho...

“E, naquele dia, sendo já tarde, disse-lhes: Passemos para o outro lado.
E eles, deixando a multidão, o levaram consigo, assim como estava, no barco; e havia também com ele outros barquinhos.
E levantou-se grande temporal de vento, e subiam as ondas por cima do barco, de maneira que já se enchia.
E ele estava na popa, dormindo sobre uma almofada, e despertaram-no, dizendo-lhe: Mestre, não se te dá que pereçamos?
E ele, despertando, repreendeu o vento, e disse ao mar: Cala-te, aquieta-te. E o vento se aquietou, e houve grande bonança.
E disse-lhes: Por que sois tão tímidos? Ainda não tendes fé?
E sentiram um grande temor, e diziam uns aos outros: Mas quem é este, que até o vento e o mar lhe obedecem? ” Marcos 4.35-41


Nossa vida com Deus pode ser comparada a uma viagem de barco rumo à Salvação.
Vamos ilustrar a salvação comparando uma viagem de barco:


 1- O mar: é a vida
A vida cristã é como o mar, longo e profundo, inescrutável. As ondas são as circunstâncias que enfrentamos. De perto tudo parece instável, mas no horizonte tudo se acerta.
                       
2- O barco: é a Igreja
A Igreja é a embarcação que pegamos para nos proteger nesta viagem da vida. Em meio às tempestades nos abrigamos na comunhão com os irmãos.

3- O Piloto: Cristo
Jesus é o Piloto que dirige este barco. Ele conhece o destino e até manda nas águas do mar para parar as tempestades. Às vezes pensamos que Ele está dormindo, mas Ele não está, pois Ele “não dormita nem dorme”, para dirigir este barco de nossa vida e garante que chegaremos ao destino. Aqueles pescadores achavam que estavam levando Jesus naquele barco, mas viram que era Jesus quem os levava como conduz todo o céu e a terra.

4- Os marinheiros: somos nós
Quem poderiam ser os marinheiros cooperadores para remar este barco? Nós estamos a serviço deste navio que é a Igreja e o capitão pilota ordenando como devemos remar.

5- O destino: é a salvação
Quando olhamos para o mar parece que vai se encontrar no céu. Esta viagem destina ir para a salvação em Cristo Jesus. Por isso não precisamos temer as tempestades.

6- O preço da passagem: é a Graça
A passagem é gratuita por que o nosso Piloto Capitão pagou para todos nós e quer ver o seu barco cheio de vidas a serem salvas.

7- O leme: é a Fé
A direção certa no balanço das ondas é tomada pela fé em cada momento para não virar o barco em meio ao vai e vem das marés.

8- A Bússola: é a Bíblia
A Palavra de Deus dirige nossas vidas e nos direciona para onde devemos ir. Em meio às tempestades, Ela nos dirige a caminhos tranquilos. Em meio à imensidão do mar ela nos mostra a direção certa.

9- A âncora: é a certeza da salvação
A certeza de que seremos salvos é a âncora que nos assegura em cada momento. Quando precisamos de um repouso podemos estar ancorados em lugar seguro e quando vêm as tempestades ela nos dá firmeza.

10- O vento: é o Espírito Santo
A força que sopra e impulsiona este barco é o Espírito Santo de Deus. A certeza da chegada é garantida.

Embarque nesta viagem da Salvação! Não tenha medo, pois Jesus está nos convidando para entrar no barco com Ele. 

quarta-feira, 10 de maio de 2017

O Problema não é a Baleia, mas a falta de Esperança!

“Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor. O mais destes, porém, é o amor." (1 Coríntios 13:13)

A temática “Baleia Azul” chegou ao Brasil em 1º de abril último, o que imediatamente elevou as buscas na internet sobre o assunto.

A novidade trazida pela “Baleia Azul”, é a banalização da ideia de suicídio. Um sintoma social, a partir de uma maior atenção aos jovens que passam por momentos difíceis. Estamos falando de uma juventude que não está sendo atacada pela ‘Baleia Azul’, mas pela falta de esperança, pela falta de perspectiva de futuro.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o oitavo país do mundo em suicídios. Em 2012 foram 11,8 mil mortes. O número de tentativas de suicídio é dez vezes maior, chegando a 120 mil ao ano. Conforme o Mapa da Violência 2017, entre 1980 e 2014 a taxa de suicídio entre jovens de 15 a 29 anos aumentou 27,2% no Brasil, sendo a segunda maior causa de óbitos nessa faixa etária. Em primeiro lugar estão as mortes decorrentes de acidentes de trânsito.

Os efeitos colaterais do mundo digital cada vez mais se tornam uma dor de cabeça para os pais e também professores diante de uma fase tão complicada, como a adolescência. Um game na internet, que propõe 50 desafios, sendo os mais drásticos a automutilação e o suicídio, evidenciou como a sociedade tem tratado com negligência o uso das tecnologias e a prevenção de doenças psicológicas. Jovens afetados pela depressão, segundo especialistas, são alvos de uma batalha em que eles se transformam na principal vítima. Adolescentes, por estar em processo de preparo para a vida adulta, não percebe com clareza alguns riscos; isso o coloca numa situação de vulnerabilidade. O jovem não é tolo, mas o perigo se esconde naqueles que sofrem com transtornos, como a depressão e a baixa autoestima.

Não culpe a baleia azul pela falta de esperança de nossos jovens. Culpe nosso distanciamento e nossa busca desenfreada pelo dinheiro e pela nossa indiferença, que tem produzido uma geração que não sabe lidar com as próprias emoções e que, por isso, perdem cada vez mais a esperança. Precisamos ser sensíveis às necessidades e desafios dos nossos filhos. Seja pai, mas não deixe de ser amigo. Abra a possibilidade para o diálogo. Procure entender o que eles têm a dizer, antes de falar alguma coisa. Não menospreze o sofrimento. Não pense que seu filho está imune a essa realidade. Se você fechar os olhos, que seja para orar, pedindo a Deus que os proteja desse mal, mas não para o perigo que eles estão correndo. Lembre-se do que o apóstolo Pedro escreveu: “Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge, procurando alguém para devorar” (1Pe 5:8). Não vamos permitir que ele devore nossos adolescentes! A humanidade precisa de amor. Você precisa de amor. Seu filho precisa de amor. Só assim os jovens podem olhar para o futuro com esperança. Não sabe onde encontrar amor? Olhe para o alto! Deus é amor. A fé é o que há de mais valioso na vida de um cristão. 

A esperança é a última que morre. É um dos ditados populares mais difundidos para mostrar que, independente de nossas dificuldades, se temos esperança, tudo é possível. As Escrituras Sagradas dizem que a fé é a certeza de que haveremos de receber o que esperamos, e a prova daquilo que não podemos ver; e o dicionário, que a esperança significa “sentimento de quem vê como possível a realização daquilo que deseja, confiança em coisa boa, fé. Mas, olhando pelos olhos da fé, a esperança é muito mais do que isso; é o que move alcançar os objetivos mesmo que isso demore e, além disso, a esperança vem com o propósito de não desanimar e, principalmente, de não desistir dos sonhos.

A chama da esperança é como uma planta que precisa ser cuidada com o adubo do amor, cercada com o cuidado da fé, cultivada com a luz da caridade e regada com a força do trabalho.

sábado, 6 de maio de 2017

Causas Genéticas e Espirituais da Morte e do Envelhecimento Humano.

A morte não estava presente no início da vida, sinalizando dispersão e desintegração.
Todos permaneceriam jovens, pois não tinham a morte programada, até que ela veio ao mundo, por inveja do diabo. Passou a fazer parte da natureza humana, devido ao pecado. Morrer, passou a ser uma condição de vida, a única certeza que o homem tinha, desde o seu nascimento. Um corpo jovem e saudável seria condição de luxo para os que passariam dos 365 anos de idade, como Enoque, que andou com Deus. Sim, quem tem Jesus, tem a Vida; quem não tem jesus, não tem a Vida. Hoje, a fonte da juventude é algo perseguida por muitos.

Já percebeu que uma fotocópia, daquela do tipo “xerox”, dependendo do modelo ou do tempo de uso do equipamento, pode não sair perfeita? Houve perda de qualidade. E, se, repetidamente, refizéssemos cópias, uma a partir da outra? Com certeza após muitas sequências, a última cópia ficaria com muito menos detalhes, até irreconhecível. É fácil verificar isto, quando ao copiar uma fita de música para outra (não digital) e por sua vez desta para outra e outra, cada cópia vai perdendo nitidez (o som dos agudos desaparece etc.), por que o ruído da estática, do próprio aparelho e de outras fontes, se mistura com o som original da fita. Para entender melhor, pense no que aconteceria se “xerocássemos” um documento e usássemos a cópia para fazer outra cópia. É obvio que à medida que repetisse o procedimento, a qualidade dos documentos iria cair e, por fim, eles ficariam ilegíveis.

Pois, assim como acontece com as fotocópias, nosso DNA pode ser copiado com perda de detalhes, uma reprodução com falhas, encurtando a sua fita, a nossa vida. Essas cópias incompletas são repassadas às suas novas cópias, e sucessivamente às gerações futuras. Pode ser ainda mais comum que falhas ocorram em células que já apresentam defeitos. Isso resultará em um desiquilíbrio generalizado entre as células daquele tecido. Daí surgem as doenças do envelhecimento, desde uma simples flacidez ou rugas da pele, até perda da visão e da audição e, nos casos mais graves, tumores.

Partindo dessa ótica, quanto mais velho, mais perda teremos nas cópias do DNA, uma condição desenfreada. Imagine quantas vezes o DNA já foi copiado, desde que o óvulo de sua mãe foi fecundado! Podemos considerar, grosseiramente, que é isso que acontece com o material genético (DNA), dentro das nossas células. Sabendo que as células do nosso corpo são multiplicadas através da duplicação do DNA, com o intuito de formar tecidos e por fim órgãos, e recuperá-los também e, mesmo estando em constante renovação, com o passar do tempo elas vão sendo danificadas por seu próprio ‘‘maquinário’’ de funções, e com o tempo, esses danos vão se acumulando fazendo o corpo envelhecer.

O maior dano que o homem causa a si mesmo, é quando ele peca! À medida que suas células são trocadas, cada célula nova necessita ter uma cópia do seu material genético (DNA), a parte da célula onde temos grande parte das informações necessárias para reproduzir nosso corpo.

O pecado tira a qualidade de vida do homem! O primeiro homem começou a morrer, quando deu guarida ao pecado. O primeiro homem começou a envelhecer, quando sua natureza se tornou pecaminosa. O pecado faz o homem envelhecer. Tanto, que quando Adão morreu, contava com 930 anos...

Se as células estão em constantes divisões e renovações, então por que envelhecemos?
O processo de envelhecimento resulta por que, ao se dividir as células (copias umas das outras ao longo do tempo), estas vão perdendo qualidade, e o organismo como um todo (formado por trilhões delas), começa a envelhecer e deteriorar.
Há um mecanismo celular essencial que envolve todo o envelhecimento, como uma enfermidade do “controle de qualidade”. Sim, o envelhecimento é o resultado da incapacidade das células em multiplicar-se sem alterações, ou seja, o resultado da debilidade do sistema de controle das células para evitar que os erros continuem se reproduzindo. O envelhecimento das células nada mais é, como uma falha no “controle de qualidade”, no momento da sua divisão. Essa falha seria a responsável pelas doenças próprias da velhice.  Assim, tal como em uma fábrica, o controle de qualidade das células é o culpado pelo envelhecimento, e como consequência, é dado que as células com falhas genéticas continuam se reproduzindo, produz-se uma espécie de caos; uma perda do equilíbrio da célula em si e das doenças próprias do envelhecimento. O homem sem a direção de Deus, vive no caos!

As células estão em constante renovação através das divisões celulares que acontecem a partir de células já existentes; o que, de forma desordenada também ajudam a envelhecer, pois a cada divisão, fragmentos de DNA podem ser perdidos acarretando em erros genéticos que serão passados para células-filhas e isso vai acontecendo até que a célula não consegue mais se dividir ou sofre apoptose (morte programada), fazendo com que o indivíduo vá envelhecendo. Vida pecaminosa, sem Deus!

Vislumbres de eternidade foram colocadas dentro do homem. Dentro do nosso DNA, existem instruções que determinam a idade além da qual o homem não pode viver, ou seja, a nossa expectativa máxima de vida está escrita nos genes (homens vivem 80 anos, gatos vivem 20 anos, tartarugas vivem 150 anos, hamsters vivem 2,5 anos, etc.…). É como se houvessem sinais que aparecem em determinada época e ordenam às células a parar de realizar suas funções normais: as Leis de Deus! As células não envelhecem como nós, mas vai perdendo sua validade com o passar dos anos; envelhecem em nível microscópico, pois há um limite de vezes em que uma célula pode se dividir, Deus é o autor da vida! Quando ela deixa de realizar essa função essencial, ela envelhece e, eventualmente, morre.  O salário do pecado é a morte! Cada divisão celular é antecedida de uma replicação de DNA. A cada divisão de DNA, um pequeno fragmento de uma extensão localizada na ponta deste, chamada de telômero, é perdida. Assim, o telômero se encurta paulatinamente.

Entre as teorias moleculares-celulares, as mais conhecidas são a da senescência celular (processo natural de envelhecimento das células), a da morte celular programada e a dos radicais livres.

A teoria da senescência celular defende que o envelhecimento é causado pelo acúmulo de células em processo de envelhecimento, resultantes do estresse celular ou do encurtamento dos telômeros, que são segmentos de DNA encontrados nas extremidades dos cromossomos.
Os telômeros são responsáveis pela estabilidade do material genético e sofrem encurtamento a cada divisão celular. Ao produzir copias de informação, sempre haverá ruído do ambiente que se filtra nas cópias, e este 'ruído' fará que as cópias sejam cada vez de menor qualidade. Os cromossomos são encurtados toda vez que uma célula é dividida. Isso ocorre porque a forma como o DNA é copiado (sempre que a célula se divide, é preciso fazer uma cópia do DNA) faz com que um pequeno pedaço de suas extremidades, regiões conhecidas por telômeros, seja perdido. Assim, as gerações mais novas de células de um tecido terão telômeros cada vez mais curtos conforme esse tecido envelhece. Portanto, o envelhecimento é acompanhado de encurtamento de telômeros. O que isso tem a ver com perda de função? Tudo, pois ao atingir um comprimento “crítico” de telômero, a célula se torna instável, perde sua capacidade proliferativa e eventualmente morre. Tal fenômeno será especialmente crítico naqueles tecidos cujas células estão em constante renovação, como é o caso dos epitélios e mucosas (ex.: pele e intestino, entre outros). Isso ajuda a explicar porque a perda da capacidade regenerativa das células da pele, uma das causas da perda de sua elasticidade, é tão característica do envelhecimento.

Os desafios que as células dos organismos complexos enfrentam enquanto tentam sobreviver são vários. A vida é um desafio! É para os corajosos! Elas são danificadas o tempo todo – o DNA tem mutações, as proteínas sofrem danos, moléculas altamente reativas chamadas radicais livres rompem as membranas e a lista segue. A vida depende da cópia e tradução constante dos dados genéticos, e sabemos que o maquinário celular que lida com todas essas coisas, por melhor que seja, não é perfeito. Cada célula tem um circuito molecular bastante sofisticado que monitora o nível dos danos em seu DNA e nas estruturas formadoras de energia chamadas mitocôndrias. Quando a quantidade de danos supera determinado ponto, a célula “trava” em um estado em que ainda consegue desempenhar funções úteis no corpo, mas não pode mais se dividir. A média de vezes que uma célula consegue se dividir é 50. Após atingir esse número, a célula deixa de se dividir, mas continua a existir por um tempo em nossos corpos. É o acúmulo dessas células que não se dividem mais que causa o envelhecimento. É como se as células tivessem um timer dentro delas que dispara e avisa que elas têm que parar.

Como as células sabem quando parar? E o que é esse timer? Cientificamente falando, os telômeros são estruturas formadas por fileiras repetidas de proteínas e DNA que formam as extremidades dos cromossomos. Trocando em miúdos, você pode imaginar os telômeros como sendo aquela pontinha de plástico que existe nos cadarços de tênis e que têm a função de não permitir que o cadarço se desfaça. É exatamente isso que um telômeros faz: ele impede que a estrutura do cromossomo se desorganize e que fiquem grudados em outros cromossomos. Cada vez que uma célula se divide, ela perde um pedacinho do telômero. Quando não há mais telômero, a célula para de se dividir e fica ali, com a sua pontinha toda desfeita, igualzinho a um cadarço. Portanto, é o telômero que indica quantas vezes uma célula já foi dividida e o quanto ainda poderá se dividir.
O telômero é o timer celular. Mas há hacks para deixar o telômero mais comprido ou, pelo menos, retardar a divisão da célula impossibilitando que o telômero fique mais curto? Telômeros mais compridos foram associados à estilos de vida mais saudáveis: as pessoas que se exercitam e têm uma alimentação mais balanceada conseguem retardar o envelhecimento.

E você aí pensando que conseguiria escapar da atividade física e de uma boa alimentação, não é? Pensando com a Bíblia, é mesmo possível encontrar uma maneira de fazer com que os telômeros parem de se encurtar e as células viverem para sempre? Há uma enzima, a telomerase, envolvida que reconstrói o telômero cada vez que ele se encurta e que retarda ao máximo a chegada dele ao ponto final. É Jesus, o Pão da Vida; aquele que vem a Ele, de modo algum terá fome, e quem crê Nêle, jamais terá sede. Ele é o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer deste pão, viverá para sempre.

Fontes consultadas:

http://www.saudenainternet.com.br
https://awebic.com
http://diariodebiologia.com
http://www2.uol.com.br
www.bayerjovens.com.br
http://biologiaparalela.blogspot.com.br


sexta-feira, 5 de maio de 2017

O Local Mais Inspirador da Terra

Recentemente, o Dr. Ed Hindson e eu conduzimos cinqüenta pessoas a Israel, sempre mencionado como “A Terra Santa”. Ela foi dada por Deus aos filhos de Israel para sempre, e somente os pecados de idolatria e a desobediência deles fizeram com que o Senhor permitisse que Satanás e muitas nações os perseguissem durante dois mil anos. Essa perseguição não acabou nem mesmo com o Holocausto na Alemanha, pois ainda está em andamento em muitos países. Gradativamente, durante os últimos cem anos, Deus tem direcionado os judeus de volta a sua terra, como Ele havia prometido em Ezequiel capítulos 36 e 37. (Ver especificamente 37.11-12; a terra é inequivocamente identificada como “toda a casa de Israel”). Estima-se que um terço dos judeus viva hoje naquela terra, cuja área corresponde aproximadamente à do pequeno estado de Sergipe. (Os judeus afirmam que há 7,2 milhões de habitantes na terra de Israel).

A presença deles, o incrível crescimento e a infraestrutrura naquela terra (apenas cinco anos após nossa última estada lá) são mais do que um milagre. São o cumprimento de uma profecia. É fácil ver que todas as ameaças, as bombas e mesmo quatro guerras não somente os levaram a plantar suas raízes profundamente naquele solo abençoado, mas também toda a nação está dizendo ao mundo: “Nunca mais! Nunca mais seremos tirados de nossa terra natal que nos foi dada por Deus!”

Qualquer estudante de profecias que entenda Ezequiel 38-39 sabe que o Deus Todo-Poderoso intervirá sobrenaturalmente para mantê-los lá até que o Senhor Jesus volte para levar Sua Igreja para os céus (Jo 14.1-3). Pois, embora tentem, todos os vizinhos inimigos de Israel não conseguem tirá-los daquela terra. Apenas o Anticristo fará isso durante a Tribulação, e por somente três anos e meio.

Nem mesmo isso tudo, embora seja inspirador, pode me inspirar tanto quanto o Jardim do Sepulcro. Aquele é o único sepulcro que é famoso por estar vazio! Embora aquela sepultura, bem perto do “lugar da caveira” do lado de fora da Porta Oriental e com outras características identificadoras, não seja aceita universalmente, para mim ela possui identificadores bíblicos suficientes para ser a sepultura de José de Arimatéia, onde Jesus foi sepultado. É aquele sepulcro que ele emprestou ao Salvador por três dias e noites, o que parece ser de maior credibilidade do que qualquer outro local na terra. Todas as vezes que minha esposa e eu estivemos ali, ficamos incrivelmente inspirados a rededicar nossas vidas, nossa família e nosso ministério ao Senhor.

Desta vez, nosso grupo estava lá para orar pela nação de Israel na última noite de 2010. Ficamos todos maravilhosamente inspirados. Ao longo dos anos, várias das orações que fizemos ali foram respondidas no tempo dEle: nossa família, da qual são todos cristãos com suas respectivas famílias cristãs; nosso ministério, que se tornou mais do que jamais havíamos imaginado; e nosso trabalho de publicações, que excede em muito nossos mais lindos sonhos (inclusive livros traduzidos em trinta e cinco idiomas). Isso é verdadeiramente um milagre de Deus, que foi solicitado no sepulcro, naquele lugar, em 1978, quando pedimos “um ministério internacional por meio da literatura”. E nenhum de nós fez qualquer coisa para promover aquela fase de nosso ministério, razão porque apenas Deus pode receber o crédito por tudo. (Nota: Se você tiver a oportunidade de ir a Jerusalém e visitar aquele sepulcro vazio onde ocorreu o primeiro milagre do cristianismo, não limite a Deus orando por coisas pequenas. Expanda sua fé, leve uma lista de pedidos de oração e ore por aquilo que para o homem parece impossível. Meu lema é: “Nunca limite a Deus por meio da incredulidade”).

Mas, você não precisa estar no sepulcro... que representa o maior milagre da nossa fé cristã. Jesus não apenas ressuscitou dos mortos, Ele o fez também em cumprimento às profecias. Pelo menos seis vezes Ele prometeu que iria ressuscitar, e que isso aconteceria ao terceiro dia! Ele não ressuscitou no segundo dia após Sua morte sacrificial pelos nossos pecados, nem no quinto ou no sexto dia; mas, como disse o anjo que surgiu ali na primeira manhã do dia da ressurreição para rolar a pedra tão pesada para aquele grupo de mulheres que vieram para embalsamar o corpo: “Ele não está aqui; ressuscitou, como tinha dito. Vinde ver onde ele jazia. Ide, pois, depressa e dizei aos seus discípulos que ele ressuscitou dos mortos e vai adiante de vós para a Galileia; ali o vereis” (Mt 28.5-7).

As mulheres obedeceram, pois elas imediatamente creram no impossível – que Jesus havia ressuscitado dos mortos ao terceiro dia, como Ele mesmo havia predito, e que os discípulos deveriam seguir rapidamente por quase 90 quilômetros até a Galiléia, onde Ele os veria. E eles foram. E eles creram. Finalmente, cada um deles levou aquele testemunho até a morte. Mesmo o jovem João, que viveu mais de 60 anos depois disso, escreveu cinco livros do Novo Testamento, inclusive o último livro das profecias de Deus. A ele foram dadas as mais detalhadas de todas as profecias sobre os tempos do fim, que estão registradas no Livro do Apocalipse. Esse livro, quando lido e entendido adequadamente, oferece a maior esperança (ou confiança) sobre o futuro eterno que foi dado à humanidade. Essa profecia incrivelmente maravilhosa sobre o futuro foi dada pelo próprio Deus a “Jesus Cristo, ...para mostrar aos seus servos as coisas que em breve devem acontecer” (Ap 1.1). Em todos os anais da história nunca houve uma visão mais bonita sobre o futuro eterno do que esta dada por Deus a Jesus Cristo que, por sua vez, enviou um anjo especial para notificar a Seu servo João, para passá-la a “Seus servos” e, através deles, para o mundo todo (Ap 1.1-3).

Nada proporcionou uma mudança mais monumental para a humanidade, tanto nesta vida quanto na que está por vir, do que a morte de Jesus Cristo pelos nossos pecados e Sua subseqüente ressurreição. Não é de admirar que o Espírito Santo tenha inspirado o apóstolo Paulo, por duas vezes, a apresentar a morte do Salvador por nossos pecados, seguida por Sua ressurreição, como o requisito essencial para a salvação. A respeito lemos, primeiro em 1 Tessalonicenses 4.14, e depois em 1 Coríntios 15.3-4

À medida que lê os sermões no livro de Atos, você percebe que esse requisito da fé foi a questão básica dos primeiros sermões da Igreja Primitiva bem ali em Jerusalém, onde ocorreu a ressurreição. Quando você encontra Paulo e os outros discípulos nas sinagogas, eles apresentavam primeiro os cumprimentos das profecias messiânicas sobre Jesus para provar quem Ele era e depois apresentavam o Evangelho de que Ele havia morrido pelos pecados deles e que ressuscitara ao terceiro dia. Paulo chamou a isso “o evangelho de Deus”.

Esse imediatamente se tornou o fundamento da fé cristã. Assim, a Igreja jovem que Jesus estava fundando através do Espírito Santo e dos discípulos destacou-se da fé judaica na qual todos haviam sido criados. Os cristãos judeus em Israel se chamam de “judeus completos”.

Tudo isso nos traz de volta à linha mestra sobre o Messias: a salvação que ele ofereceu para “os judeus primeiro, e depois também aos gentios” (o que significa o mundo todo). Qual é a evidência de que Deus aceitou a obra de Jesus na cruz pelos nossos pecados? A ressurreição de Jesus, de acordo com as profecias. Como disse o apóstolo Paulo: “[Jesus Cristo] foi designado Filho de Deus com poder, segundo o Espírito de Santidade, pela [Sua] ressurreição dos mortos” (Rm 1.1-5). A prova incontestável de que Jesus é o único Filho de Deus e Salvador do Mundo é a Sua ressurreição. É como o selo divino da aprovação do Deus Todo-Poderoso de que Jesus havia pago o preço completamente. Nada além disso é necessário!

Foi isso que o Senhor quis dizer quando falou a Seus discípulos apenas algumas horas antes que se entregasse a si mesmo como o sacrifício pelos pecados de todo o mundo: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim” (Jo 14.1-3). Sua morte por nossos pecados, de acordo com as Escrituras, Sua ressurreição, de acordo com as Escrituras (inclusive Suas próprias profecias), fornecem provas incontestáveis de que Ele é único dentre os 13 bilhões de pessoas que já viveram e que vivem hoje. Ele foi o “Unigênito Filho de Deus” que deu Sua vida por nossos pecados e que depois ressuscitou para provar isso. Louvado seja Deus! Tim LaHaye

segunda-feira, 24 de abril de 2017

O Significado Espiritual das Tatuagens e Piercings

A palavra tatuagem é traduzida do hebraico por “seritá”, que significa “manchar”; “marcar” , e consiste em marcar a si mesmo ou a terceiros para se destacar ou se modelar de forma diferente da natureza. Os séculos passaram, a igreja católica do século VIII condenou e até perseguiu os ritos, mas os cultos, costumes e as práticas de “marcar a derme” com manchas de tinta e/ou “mutilar” parte do corpo para inserir metais (piercing) continua na sociedade moderna. A moda de alteração original do corpo é o que os praticantes chamam de“body modification”.

Muitas celebridades da atualidade, principalmente no mundo dos esportes resolveram pintar a pele e se encher de manchas pelo corpo e metais em argolas ajudam a modificar o visual. . Uma moda que está ressurgindo com muita força na Europa, passando a ganhar força também no Brasil, um dos países do mundo que costuma seguir imediatamente as novidades lá de fora. As duas formas de alteração do corpo natural com introdução de tinturas e metais misturados ao sangue encontrado na derme tem encontrado adeptos até dentro das igrejas evangélicas. Quase todas as pinturas são irreversíveis.

Daí é que surge a questão psicológica da coisa. Quando não se pode mais retirar as modificações inseridas no corpo, então a ideia é acabar ou exagerar naquilo que se começou bem simples ou “sem compromisso”. Metas, records e concorrências no Guiness Book, para “fechar” 100% o corpo natural, por vaidade ou necessidade, hoje, são estabelecidos.

Esta forma de adesão logo pode ser identificada dentro dos campos de futebol, e via de regra, influencia diretamente a vida dos seguidores e torcidas organizadas, jovens em fase de reconhecimento, etc. Coisas do mundo… mas, a pergunta é: do ponto de vista bíblico, devemos seguir o curso deste mundo com tatuagens e piercings também?

Hoje as tatuagens estão em destaque e, agora, a onda tem chegado nas igrejas brasileiras com a versão de “tatto gospel”, influenciando muitos jovens cristãos que, ainda não se deram conta daquilo que está por detrás de tal prática, seja por falta de conhecimento bíblico e histórico, seja por falta de discernimento espiritual ou até mesmo por “rebeldia”.

Este estudo é muito delicado, pois deverá mexer com o brio de muitos amantes da prática do tatto. Porém, não estamos aqui para julgar ninguém que usa tatuagens e piercings, nem àqueles que defendem a mania. Não estamos condenando ninguém ao inferno, nem acusando pecados, pois todos somos pecadores. O objetivo aqui é deixar um legado espiritual deste hábito para que pais, líderes e pastores da igreja cristã da atualidade possam refletir e fortalecer conceitos espirituais a respeito do assunto, visto que ainda parece ser um tabu falar sobre isto na igreja, seja por medo, seja por constrangimento ou pouco conhecimento sobre a introdução do assunto aos jovens e adolescentes cristãos (a igreja do futuro precisa estar preparada para debater biblicamente, e sem medo, com segurança espiritual, assuntos como este).

Antes, de seguirmos, porém, é preciso desmistificarmos o que é julgamento de ensino. O julgamento condena, mas o ensino é para a edificação do corpo de Cristo!! Quando os pastores exortam a igreja, é para o crescimento e amadurecimento da mesma. Mas, essa é a nossa parte. O ensino, a admoestação e a exortação com justiça… Só filhos obedientes recebem o ensino, refletem na Palavra, se arrependem e mudam de atitude com humildade. Não, não… Não devemos subestimar princípios e mandamentos eternos como Levítico 19, por exemplo, matar, roubar, idolatrar, adulterar, etc (inclusive riscar o corpo com derramamento de sangue). Falo com propriedade, pois sei o que se passa no mundo das trevas, minha avó era praticante das sutilezas da feitiçaria chamada “branca”, um engodo das trevas. Meus olhos e ouvidos são testemunhos de muitos rituais.

O recado sutil do mundo e da Nova Era é que “vcs podem ser livres, pois irão descobrir que são deuses”. Será que isso já não foi dito antes pela língua maliciosa de uma serpente, lá no Éden?? Quais foram os resultados desta mentira para a humanidade? Alguém pode até se levantar e falar da cultura de povos indígenas de países da Ásia, Oceânia, África e Américas do Norte como Maias e Incas. Mas, o intuito neste estudo não discutir a diversidade cultural e, sim raízes espirituais destes usos e costumes com roupagem nova ou não. Antes, assim como estas tribos primitivas, nós também não conhecíamos o evangelho de João 8:32: “E, conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”. Mas, o povo judeu foi ensinado. E este conhecimento chegou até nós pelos judeus, e um dia chegará também a outros povos.

Jovens cristãos, dêem uma olhada nesta foto, verifique o “antes do body modification” e “depois da modificação”:
                               Depois                                                                           Antes

Isso aqui pode ser não ou não ser sacrifício ou corte por devoção à necromancia do texto de Levítico 19, não cabe aqui julgamentos dos motivos que levaram estas pessoas a se transformarem. O que vale aqui é saber se Jesus pregaria isto para os seus discípulos ou faria isso com o corpo Dele? O que vale refletir aqui é saber se um discípulo de Jesus faria isto com o seu corpo? Quem parece mais à semelhança de Cristo? Quem se parece mais com uma figura de demônio? A reflexão não é “cultural”, é sim “espiritual”. É isso o que está sendo levado no texto: O que levaria um sincero e honesto discípulo de Jesus a ser body transformado?? A Bíblia ou o mundo?


Mas, a Bíblia diz no livro de I João 2:15, o seguinte:

“Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele”.

IGREJA DE CRISTO. NÃO SOMOS DO MUNDO! A MODA NÃO MANDA NA IGREJA!

A marca eterna da Cruz

Vamos aqui ensinar que nós, cristãos, não devemos ser influenciados pelo mundo, porém, pelo contrário, devemos influenciar o mundo com Cristo. As marcas da Cruz já são suficientes para o corpo de Cristo. Você não precisa mais ferir o seu corpo (templo do Espírito Santo), nem derramar sangue, nem sentir dores e nem carregar manchas ou perfurações no seu corpo (uma aliança) pelo resto da vida. Jesus já fez este sacrifício por nós. Uma marca que não se encerra num cemitério. Ah, mas todo mundo tá fazendo? Pois é, mas não somos do mundo!

“Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido. 5 Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. (Isaías 53:4-5).

Mas, faz-se necessário aqui dissertamos sobre aquele tão mencionado versículo dos simpatizantes da prática de tatoo e piercings “gospel”, afinal é um escudo muito usado pelos praticantes dos ritos. Os jovens cristãos também passaram a se defender somente com este versículo. É Apocalipse 19:16: “E no manto e na sua coxa tem escrito este nome: Rei dos reis, e Senhor dos senhores”, mas esquecem de que é uma alegoria. Ao observarmos todo o contexto, também há menção de que “seus olhos brilham como chama de fogo” (verso 12…) e, “sai da sua boca uma espada afiada” (verso 15…). Mas, por favor não é necessário seguir ao pé da letra, senão vejamos: já pensou quantos olhos de jovens queimados e quantas bocas feridas ou gargantas cortadas por dentro ao tentar se basear na alegoria do versículo 15?

Está escrito: “todas as coisas nos são lícitas, mas nem todas as coisas nos convém, nem edificam” (I Cor. 6:12 e I Cor. 10:23).

A origem da tatuagem

Na antiguidade, a tatuagem associava-se ao culto aos demônios (chamados de deuses pelos feiticeiros) e era praticada durante ritos de consagrações espirituais, que segundo a crença levava consigo os espíritos malígnos para expulsar o mal. (mal expulsando o mal)??… Eram realizados pactos para se incorporar as entidades do desenho a ser pintada na pele que seria ferida rusticamente à base de bambus e dentes de tubarão. Mas, foi somente na Polinésia do século 16 que se identificou o nome local e mais usual do ritual ou da prática ou da moda como “tatao”, hoje tatto.

A tatuagem já foi exaustivamente usada para identificar gangues violentas de rua, grupos de criminosos, pistoleiros, prisioneiros, escravos e outras formas de identificação com o mundo da marginalidade e da escória social. Mas, nem todos que usam tatuagens hoje são pessoas assim. No entanto, faz-se necessário citar as origens das coisas para ensinar aos jovens de nossas igrejas sobre estas práticas. Isso aqui não é teologia. É revelação espiritual.

“O templo de Deus, que sois vós é santo” (I Cor. 3:17b).

Os nazistas de 1942 tatuavam à revelia, a marca das cruzes quebradas e inversas, por força zombaria a Cruz de Cristo e demonstração de poder, todos os 6 milhões de judeus que matariam em seguida. A cruz suástica é inspiração de Chamberlain, um vidente satânico e conselheiro de Hitler. Foi ele que o inspirou as idéias de um reino de terror e poder.

O livro de I Coríntios 10:20, também diz:

“Mas que digo? Que o ídolo é alguma coisa? Ou que o sacrificado ao ídolo é alguma coisa? Antes digo que as coisas que os gentios sacrificam, as sacrificam aos demônios, e não a Deus. E não quero que sejais participantes com os demônios”

Havia na antiguidade um deus adorados pelos amonitas e a história bíblica não deixou de registrar em levítico 20. Moloque era um demônio que exigia de seus adoradores o sangue e a dor de seres humanos, sobretudo crianças, porém, o sacrifício de pessoas de outras idades também eram praticadas naquele altar. É muito provável, segundo vários pesquisadores da Bíblia e da ciência das religiões, que o nome Moloque deu origem ao que hoje no Brasil brinca-se involuntariamente apelidando um menino de “moleque”.

Esse deus de bronze possuía uma aparência horrível: mistura de animal de chifres com humano. O ídolo possuía fornalha na altura de seu ventre, na qual as crianças eram lançadas vivas e ofertas ali. Quanto mais choro da criança, e, quanto mais vermelho o fogo daquela fornalha se tornava mais seus adeptos o cultuavam em êxtase maldita. Diz a Bíblia que Moloque pedia sangue humano como sacrifício. E, esse sangue é requerido até hoje. Não entre no engano de uma propaganda que apela para o “pense menos, ame mais”. Pense muito antes de aderir à moda do tatto e piercing, ou qualquer outras modas ou práticas do mundo e antes de se unir emocionalmente com alguém que ama o mundo.

Prestação de Contas

II Coríntios 5:10 diz: “Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal”.

E, I Tess. 5:23, também diz o seguinte: “E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.”

Conclusão

O artigo não é uma OFENSA para quem gosta de tatto e piercing! Quem somos nós para “proibirmos” as pessoas de usarem o que quiserem? Mas, não podemos deixar de pregar o evangelho de salvação e de libertação. O evangelho é recheado de coisas que NÃO gostamos. Daí, tirarmos lições: o que é RELEVANTE? É o que se GOSTA ou que se RENUNCIA por causa de Cristo?

A ideia, então, é ORIENTAR e REVELAR aos crentes em Cristo, àqueles que nasceram de novo, que podem renunciar a tendência ou o apelo da moda para mutilarem e pintarem seus corpos a ponto de se tornarem figuras animais ou extraterrestres (como demonstradas na fotos). Mas, esta escolha é de cada um. Só estamos ensinando o evangelho à igreja de Cristo e aos jovens e adolescentes cristãos a não se deixarem influenciar pela cultura do mundo, e sim pela cultura de Cristo. Somos discípulos Dele. Jesus não usou tatuagens nem piercings.   Pr. Antonio Romero Filho

Artigos e livros relacionados e consultados:
1. http://estudos.gospelprime.com.br/diga-me-com-quem-andas/
2. Tatuagem e Piercing, é de Deus? Cláudio Brinco, Ed. Above 2010
3. http://biblia.com.br/novaversaointernacional/
4. http://igrejavidaemcristo.com.br/arquivo/CONCORDANCIA-EXAUSTIVA-DO-CONHECIMENTOBIBLICO.pdf
Fonte: Gospelprime

quarta-feira, 19 de abril de 2017

A Última Trombeta

Quando a Trombeta soar, iremos ao encontro do Senhor!

Confesso já ter enfrentado alguma dificuldade para entender por que o clarim do arrebatamento é chamado de a última trombeta. Discorrendo sobre o rapto da Igreja, o apóstolo é mais do que meridiano; é profeticamente conclusivo: “Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados” (1Cor. 15.52). Todavia, não esclarece ele a razão pela qual a última trombeta é assim denominada. Seria esta uma terminologia já mui familiar aos cristãos daqueles dias? Vejamos, em primeiro lugar, o que não é a referida trombeta.

• Não é mera simbologia, conforme supõem os alegoristas. Estamos diante de um texto que tem de ser interpretado de acordo com as regras gramaticais e históricas da hermenêutica sagrada.

• Não é a sétima trombeta do apocalipse, segundo erradamente inferem alguns mesotribulacionistas. Isto porque, esta trombeta não anuncia o arrebatamento, e, sim a instauração do Milênio (Ap 11.15).

• Não é a trombeta que, de acordo com a teologia judaica, anunciará a derradeira etapa da ressurreição dos mortos, quando estes por-se-ão de pé para recepcionar o Senhor. Não é necessário esclarecer que tal interpretação é extravagante e antibíblica.

À guisa de esclarecimento, busquemos definir o que é a última trombeta. Em nosso Dicionário de Profecia Bíblica (CPAD), assim delimitamos o assunto: “Trombeta que, assoprada pelo arcanjo Miguel, anunciará a ressurreição dos que morreram em Cristo e o arrebatamento dos santos que estiverem vivos por ocasião da vinda do Senhor”.

Desde o levítico, quando ordenou Deus fosse assoprada a trombeta, apregoando o ano do Jubileu (Lv 25.9), até à sétima trombeta do Apocalipse, proclamando a chegada do Milênio, observamos que nenhuma delas constitui qualquer mistério, seja quanto à sua designação, seja quanto ao tempo de seu sonido. A única exceção é a última trombeta.

Que a trombeta será assoprada pelo arcanjo, não há dúvida. E que será ouvida pelos redimidos do Senhor, também não há dúvida alguma. Mas qual o tempo de seu sonido? E qual a razão de seu epíteto?

Tendo sempre como base a Bíblia Sagrada, seja-me permitido responder a estas perguntas:

• A última trombeta é assim chamada porque: 

a) marcará o fim do ministério terreno da Igreja; 
b) e introduzirá o mundo no âmbito do completo domínio de Cristo sobre todas as coisas.

• De igual modo, estará a última trombeta assinalando não somente a chegada do Dia de Cristo como também o Dia do Senhor. O primeiro diz respeito ao arrebatamento da Igreja; o segundo concerne à Grande Tribulação.

• Por conseguinte, a última trombeta é assim alcunhada por assinalar o término não somente da atuação da Igreja de Cristo no mundo, como também o início do fim do atual sistema do Maligno, que será totalmente destruído durante a Grande Tribulação, para que o Reino de Deus seja completamente estabelecido neste mundo.

• Apesar de não sabermos a data do sonido da última trombeta, as profecias e os sinais estão a alertar-nos: muito em breve estará o arcanjo estrugindo-a, assinalando o glorioso rapto da noiva de Cristo. Aleluia!

Acredito que avançar além destas explicações é cair no perigoso terreno da especulação. Afinal, onde a Bíblia se cala não precisamos ter voz (Dt 29.29). De uma coisa, porém, tenho certeza: a trombeta soará, e eu irei ao encontro do meu Senhor. Maranata! Sim, você e eu estaremos lá. Pr. Claudionor de Andrade

quarta-feira, 12 de abril de 2017

Betsaida, a Casa do Pescador

“E, andando junto do mar da Galileia, viu Simão, e André, seu irmão, que lançavam a rede ao mar, pois eram pescadores. E Jesus lhes disse: Vinde após mim, e eu farei que sejais pescadores de homens. E, deixando logo as suas redes, o seguiram. E, passando dali um pouco mais adiante, viu Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, que estavam no barco consertando as redes, E logo os chamou. E eles, deixando o seu pai Zebedeu no barco com os jornaleiros, foram após ele.” Mc. 1,16-20.


O Barco, a Companhia de Pesca, a Igreja.

O apóstolo Simão Pedro e seu irmão André, eram de Betsaida, cidade cujo nome significa“casa de pesca” ou “casa do pescador”, revelando assim, portanto, a própria vocação da cidade, que ficava à margem nordeste do mar da Galileia, situada perto de Cafarnaum, onde Pedro foi morar, pois ali era a sua casa.

O pai de Tiago e João, Zebedeu, deve ter sido um homem abastado, pois possuía empregados em sua empresa de pesca. Empresa familiar, algo parecido com o que hoje chamamos de cooperativa, pois além de incluir seus filhos incluía Simão Pedro. Era um judeu próspero que tinha barcos de pesca, bens suficientes, empregados a seu serviço e suficientemente rico a ponto de um dos filhos, João, ser conhecido pelo Sumo Sacerdote Caifás; e também sem dificuldades, abrigar em sua casa a Maria, mãe de Jesus.


O Pescador, o Evangelizador.

Sabemos que a profissão da pesca é algo difícil que exige algumas qualidades:

Um pescador deve ser uma pessoa muito dependente e deve ser confiante. Ele não pode ver os peixes. Aqueles que pescam no mar devem ir e lançar a rede, por assim dizer, ao acaso. A pesca é um ato de fé. O pescador não vê os peixes e assim mesmo lança a rede. Deve ser paciente e perseverante. Eles usariam essas qualidades como pescadores de homens.

As novas redes seriam, não para prender, mas para libertar vidas. Agora, não adiantam ter todas essas qualidades, o domínio da pesca, barcos, equipamentos, um bom local de pesca, conhecer tudo sobre essa arte e usar uma rede rasgada. Até um buraco pequeno deve ser consertado, pois durante a pesca ele pode se romper e o estrago ser grande. Temos que fechar as brechas! Mesmo as pequenas. O pescador deve revisar e limpar as redes, preparar tudo para só depois então sair para pescar. Não saia para pescar sem antes se preparar! Faça uma revisão, uma limpeza na sua vida antes de ganhar almas para Jesus.

Ninguém que tenha um encontro com o Senhor Jesus permanece nos seus antigos planos ou projetos de vida. A pessoa simplesmente não se enquadra mais ao antigo modo de pensar! Seguir a Jesus requer da pessoa rompimento total com o passado. Jesus não quer remendar a nossa vida. Ele quer fazer tudo novo! Não pode haver "furos" em nossa vida. Não adianta remendar o que não tem mais conserto.

Um remendo com pano novo e resistente sobre um tecido já velho e enfraquecido, o rombo será ainda maior. Ninguém deita remendo de pano novo em roupa velha; doutra sorte o mesmo remendo novo rompe o velho, e a rotura fica maior.

Com a primeira lavagem, o pano novo encolheria e aplicaria tal tensão sobre o pano velho que faria um rasgo maior do que antes, sem contar que o remendo novo faria com que a roupa velha parecesse ainda mais desbotada e velha. Às vezes, o velho é irreparável e tem simplesmente que ceder lugar ao novo. Temos que mudar o nosso velho modo de viver. Deus tem algo novo!


O Mar, as Redes e o Mundo.

Ora o mar, o mundo, bravio, onde surgem as tempestades a qualquer momento, com suas ondas altas, vento forte, ameaça virar o barco, a Igreja de Jesus. 
O mar re­presenta toda a massa caída da humanidade. "Mas os ímpios são como o mar agitado que não se pode aquietar, cujas águas lançam de si lama e lodo" (Is 57:20,21; Dn 7:3; Ap 13:1). Os homens vivem em um abismo tão negro de pecado, erro e cegueira! Contudo, ainda podem ser resgata­dos pelo Espírito de Deus, à medida que aceitarem os termos do evangelho. 
Não podemos mais ficar pescando na praia, com varinha de bambu, linha fina e anzol pequeno. A evangelização, lançar as redes, não é um passatempo; mas, uma missão árdua, que precisa ser cumprida com esmero, preparo e oração. Doutro modo, precisa se preparar, como verdadeira “Companhia de Pesca”, e se lançar sem medo, em nome do Senhor, em águas mais profundas, e buscar os grandes peixes.


Os Peixes, as Almas.


Bacalhau – Difícil de conviver, muito salgado.

Bagre - Faz beiço, sob qualquer contrariedade. Falta-lhe temperamento, fruto do Espírito santo.

Truta – O amigo de Jesus, aquele que guarda seus mandamentos. Gosta de água viva.Vive em água corrente.

Dourado – Só vive em água doce. Só vive em passarelas, desfilando seus trajes brilhantes. Colorido. Vaidoso.

Peixe-espada - Aquele que maneja bem a palavra de Deus. Estilo cristão.

Namorado – Vai a Igreja só para “encontros” com a namorada.

Cascudo – Trata seus irmãos com casca e tudo, grosseiro, estúpido, mal-educado.

Cação – O mesmo que tubarão, aquele que vive perseguindo seu irmão. Crente carnal.

Peixe-cofre - Vive trancado dentro de si mesmo; como uma ostra, não se abre com ninguém, muito menos com seu pastor.

Peixe-gelo – É frio como a neve. Falta fogo do Espírito santo. Nada animador.

Porquinho – Sujo, imundo, como o pecado.

Peixe-palhaço – Vive em rodinhas fazendo graça, querendo se aparecer.

Traíra – Alimenta-se de outros peixinhos, carnívoro, carnal, voraz, briguento, liso e escorregadio. Esperto. Quer passar outros para trás.

Tilápia – Não vive em um só habitat, tanque. Gosta de fazer visitas em outros aquários. Não para na Igreja. Apesar da carne saborosa, possui espinhos.

Peixe-gato – Atraente, conquistador, paquerador. O Mauricinho das Patricinhas na Igreja.

Sardinha – Sem espinhos, vive em cardumes - Unidos venceremos. 
Mandi – Sempre magoa com seu ferrão.

Carpa – Carne boa, mas contém muitos espinhos. Vive em lodo.

Salmão – Carne gordurosa. Orgulho. Necessita de azeite.

Arraia – Vive dando choque.

Peixe-martelo - Coração duro.


"Igualmente, o Reino dos céus é semelhante a uma rede lançada ao mar e que apanha toda qualidade de peixes. E, estando cheia, a puxam para a praia e, assentando-se, apanham para os cestos os bons; os ruins, porém, lançam fora. Assim será na consumação dos séculos: virão os anjos e separarão os maus dentre os justos. E lançá-los-ão na fornalha de fogo; ali, haverá pranto e ranger de dentes" (Mt. 13, 47-50).

Chamados a sermos pescadores de homens, e não de peixes, precisamos de conversão, mudança de vida, urgentemente.

sábado, 8 de abril de 2017

Nas Montanhas de Campos do Jordão!

"Prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus". (Fp 3.14) 

Uma música infantil diz “Com Cristo no barco tudo vai muito bem...”. Concordo, mas a vida cristã é mais parecida com a subida de uma montanha. Uma maratona. Uma experiência de novas descobertas, mas também exaustiva.

Será que você já perdeu de vista o alvo da vida cristã, que é a Pessoa de Jesus, e seu caráter formado em nós? Desanimou-se com a maratona de subida, em vez de andar um passo de cada vez? Hb 12.2 nos exorta a continuar olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus. 

De tempos em tempos, precisamos renovar nosso foco no alvo dessa subida. Será que você também esqueceu da razão pela qual continua subindo? Por que vai à igreja? A razão porque assiste os cultos? A razão pela qual existe? A razão pela qual está nesta caminhada chamada “vida cristã”?

Que nunca caiamos no erro da igreja de Éfeso (Ap 2.1-7) - uma igreja dinâmica, cheia de boas obras, perseverança e sã doutrina, e que não suportava falsos mestres, mas que havia abandonado seu primeiro amor. 

Que nesta grande caminhada na montanha chamada “vida cristã” nunca percamos de vista o alvo, Jesus! Prossigamos para o alvo, um passo de cada vez. Jesus edifica a igreja dEle, e com Cristo na montanha, tudo vai muito bem!

sábado, 1 de abril de 2017

Copérnico em Conversa com Deus

Em 19 de fevereiro de 1473 nascia Copérnico, o astrônomo e matemático polonês que desenvolveu a teoria heliocêntrica do Sistema Solar. A teoria de Nicolau Copérnico (1473-1543) contrariava a então vigente teoria geocêntrica (que considerava a Terra como o centro), e é tida como uma das mais importantes hipóteses científicas de todos os tempos, tendo constituído o ponto de partida da astronomia moderna. Copérnico publicou a sua teoria do modelo heliocêntrico no livro De revolutionibus orbium coelestium (“Da revolução de esferas celestes”), durante o ano de sua morte, 1543, conquanto já houvesse desenvolvido a teoria algumas décadas antes.
O heliocentrismo de Copérnico descrevia mais círculos, os quais tinham os mesmos centros, do que a teoria de Ptolomeu (modelo geocêntrico). Analisando os corpos celestes, Copérnico salientava que o movimento aparente do céu era uma ilusão causada pelo movimento do observador. Apesar de Copérnico colocar o Sol como centro das esferas celestiais, em rigor, ele não fez do Sol o centro do universo, mas perto dele. Conquanto naquele tempo a Igreja Católica Romana aceitasse essencialmente o geocentrismo aristotélico, o modelo de Copérnico influenciou muitos cientistas renomados que viriam a fazer parte da história, como Galileu e Kepler, que assimilaram e melhoraram a sua teoria.
No século vinte, o físico e filósofo Thomas Kuhn (1922-1996) argumentou que Copérnico apenas transferiu algumas propriedades, antes atribuídas a Terra, para as funções astronômicas do Sol. Outros historiadores, por sua vez, argumentaram que Kuhn subestimou quão revolucionárias eram as teorias de Copérnico, e enfatizaram a dificuldade que o polonês enfrentou ao modificar a teoria astronômica da época, utilizando apenas uma geometria simples e não dispondo de nenhuma evidência experimental.
A obra “Copérnico em Conversa com Deus” (acima) despertou a minha atenção. Nela, Jan Matejko — pintor polonês famoso por retratar personalidades históricas, políticas e eventos militares —  retrata o seu famoso compatriota naquilo que denominou de uma “conversa com Deus”. Copérnico era uma pessoa formada num contexto de fortes convicções religiosas, tendo sido educado pelo tio, futuro bispo de Ermlend, depois de ficar órfão aos onze anos. Em 1501, Copérnico aceitou o cargo de cônego da catedral de Frauenburg, para o qual foi indicado por seu tio. O geocentrismo era doutrina assumida em bases religiosas, como se fora uma verdade divina. Portanto, Copérnico experimentou em sua trajetória pessoal os desafios no diálogo entre a fé e a ciência – diálogo este nem sempre amistoso e equilibrado. Um outro elemento importante, é que a teoria de Copérnico ressentia-se de evidência experimental, e recorria principalmente à geometria.
No que seria uma espinha dorsal da doutrina que os teólogos reformados holandeses chamaram de “graça comum”, Agostinho escreveu, em sua obra A Doutrina Cristã, que “todo bom e verdadeiro cristão há de saber que a Verdade, em qualquer parte em que  se encontre, é propriedade do Senhor.” Este princípio propõe, entre outras coisas, prudência e humildade ao religioso. Onde estava a verdade de Deus? Com o geocentrismo da igreja medieval ou com o heliocentrismo de Copérnico? Este não propôs a sua teoria como um dogma ou como uma “lei de medos e persas que não pode ser revogada”. Sua teoria tem sido revisada e recebeu a contribuição (e até revisão) posterior de estudos experimentais.
A doutrina cristã da Criação propõe que o homem, por ser um mordomo, deve exercer tal mordomia pactual com a melhor luz que dispuser, agindo neste mundo de forma sóbria e esclarecida. Indague-se, portanto: O modelo heliocêntrico lançou mais luz para a compreensão científica do universo, e para uma mordomia mais lúcida na esfera da criação? Observe que Jan Matejko retrata Copérnico num cenário gótico medieval, e suas ferramentas são iluminadas pela luz divina que procede de cima. É preciso lembrar que a tela é apenas uma retratação artística, e não se presta à teologia ou a qualquer apologética doutrinal. Porém, chama a atenção o astrônomo surpreendido, sobressaltado mesmo. Em geral, é isto que acontece quando grandes e antigos dogmas, assumidos como “verdades”, quer seja pela religião ou pela ciência, são revolucionariamente contrariados: luzes e sobressaltos. Embora não sempre necessariamente nesta ordem.
Gilson Santos
https://gilsonsantos.com/2013/01/24/coprnico-em-conversa-com-deus-jan-matejko/